Projeto Transforma: gestores das Casas legislativas discutem modelos para aperfeiçoar avaliação de desempenho e melhorar serviços públicos

Participantes apresentaram iniciativas em estudo com o foco de conhecer e aumentar o desempenho dos servidores

A forma como a avaliação de desempenho vem sendo aplicada no Tribunal de Contas da União, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal foi o mote do debate do projeto Transforma nesta quinta-feira, 24/09. A live contou com a participação de Cláudia Mancebo, secretária de Gestão de Pessoas do TCU; Fábio Pereira, assessor especial da Diretoria Geral da Câmara; e Gustavo Ponce de Leon, diretor da Secretaria de Gestão de Pessoas do Senado. A discussão foi mediada pelo vice-presidente do Sindilegis Alison Souza. Os gestores apresentaram os desafios e os novos modelos em estudo para avaliar o desempenho dos servidores.

Para assistir a transmissão na íntegra acesse aqui.

Claúdia Mancebo contou sobre a experiência de mais de 20 anos do TCU com a avaliação: hoje parte da remuneração está ligada ao desempenho individual. No entanto, o tribunal estuda uma nova forma de conhecer o desempenho dos servidores. “Quando você atrela a avaliação a dinheiro os resultados são pouco efetivos. Nós estamos desenhando um modelo para perceber as dificuldades de capacitação, identificar oportunidades de desenvolvimento e indicar um caminho de autodesenvolvimento. A ideia é manter a gratificação atrelada a essa avaliação mais ligada às metas, ao desempenho pontual com base nas competências desejadas para aquele espaço onde o servidor está hoje possibilitando um desenvolvimento na carreira para que ele possa trilhar um caminho dentro da instituição”, disse.

A Câmara, por sua vez, estuda um processo amplo não só de avaliação, mas um sistema de gestão de desempenho com foco no planejamento estratégico. “No novo modelo as unidades organizacionais vão estabelecer acordos de entrega de resultados. Cada chefia vai negociar com a sua equipe qual a entrega que cada um deve oferecer à instituição durante 12 meses. O servidor passará por uma análise a partir desse acordo de entrega de resultados. Então o gestor vai oferecer um feedback”, explicou Fábio Pereira. “Nós precisamos chegar a um bom termo sobre o melhor modelo para se gerir o desempenho para que tenhamos a melhor entrega dos servidores para a sociedade e para as autoridades daquela instituição”, completou.

Já o Senado vem experimentando a gestão por desempenho de unidades administrativas. “É uma perspectiva de substituir um controle da jornada de trabalho do servidor pelo controle dos resultados”, afirmou Gustavo Ponce de Leon. Ele defende uma gestão de desempenho que apresente o melhor serviço público para a sociedade. “A nossa expectativa é construir um sistema que permita melhorar o serviço público. Evidentemente dentro disso você pode avaliar se os servidores estão cumprindo as metas de desempenhos, ter mecanismos adequados para aqueles que precisam de capacitação, desligar ou punir aqueles que mostrem uma desídia, uma não vontade de melhorar a sua entrega e também privilegiar, criar mecanismos de mérito para permitir uma melhor progressão funcional para quem tem desempenho acima da média”, ponderou.

Os convidados ressaltaram a relevância do tema neste momento em que se discute a Reforma Administrativa e a estabilidade. Os gestores ainda enumeraram os principais pontos para aperfeiçoar a eficiência do serviço público: investimento em tecnologia; capacitação dos servidores; e políticas para motivar o servidor.

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