“A estabilidade do servidor é uma garantia constitucional”, defende diretor do Sindilegis sobre o PLS 116/2017

Agência Senado

A demissão do servidor público por insuficiência de desempenho voltou à discussão na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal nesta terça-feira (2). Parlamentares e entidades representativas, entre elas o Sindilegis, discutiram, em audiência pública, o PLS 116/17, que regulamenta a perda do cargo de servidor.

Em defesa dos filiados, o diretor do Sindicato Ogib Teixeira argumentou que a constitucionalidade do projeto deve ser amplamente discutida e estudada antes de dar prosseguimento ao trâmite legislativo: “A estabilidade do servidor público é uma garantia constitucional. Esse princípio é o instrumento necessário para que continuemos a realizar com excelência o nosso trabalho isento de pressões externas e políticas”, defendeu.

A diretora do Sindilegis Magda Helena, que também acompanhou a Comissão, ressaltou que “alguns pontos da matéria abrem brechas para uma avaliação subjetiva, sem critérios que asseguram a segurança do servidor no exercício do seu trabalho”.

Além dos integrantes senadores da Comissão, o debate contou ainda com a participação do presidente do Fonacate, Rudinei Marques; do presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, João Domingos Gomes dos Santos; da ex-secretária de Planejamento e Gestão do Governo de Minas Gerais, Renata Vilhena; e da economista Ana Carla Abrão.

Durante a audiência pública, Rudinei elencou uma série de falhas observadas no PLS 116/17, principalmente vinculadas às justificativas utilizadas para se apresentar o projeto: “Os defensores do texto usam de estigmas sociais associados ao servidor público para embasar as propostas, como o argumento de que a ‘máquina pública está inchada’, ‘não há eficiência no serviço público’”.

Rudinei apresentou dados oficiais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico para desmentir esses argumentos: “No Brasil, o emprego público representa 12% das pessoas ocupadas, enquanto entre os países-membros da OCDE o emprego público representa 22% dos ocupados”, disse.

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