Em ofício ao novo presidente da Câmara, Sindilegis se manifesta contra retorno ao trabalho presencial na Casa

Sindicato propôs a Arthur Lira que retomada das atividades presenciais seja feita de forma gradual, a partir do avanço do cronograma de vacinação

O Sindilegis enviou ofício ao novo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), em que demonstra preocupação com a possível volta ao trabalho presencial da Casa. Segundo nota publicada nessa quarta-feira (3) pelo jornalista Lauro Jardim no portal do jornal O Globo, Lira deseja propor aos líderes partidários a retomada do trabalho presencial das sessões em Plenário e das comissões. O Sindicato é contra a medida por considerar que ela coloca em risco a saúde dos mais de 14 mil trabalhadores que atuam diariamente na Câmara em um momento em que a média móvel de novas contaminações e óbitos por Covid-19 no Distrito Federal está em franca ascensão.

No documento, o Sindilegis propõe que o retorno às atividades presenciais seja gradual e em conformidade com as medidas sanitárias. O presidente do Sindicato, Petrus Elesbão, ressaltou que a adoção do teletrabalho na Casa Legislativa garantiu a continuidade das atividades legislativas e gerou uma economia de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. “Os servidores da Câmara viabilizaram em tempo recorde um sistema de deliberação remota que serviu de exemplo para parlamentos em todo o mundo, garantindo a manutenção dos trabalhos legislativos sem perda de produtividade. Além disso, o trabalho remoto gerou uma economia expressiva para a Administração da Câmara com a redução de despesas com o pagamento de prestadores de serviços, energia elétrica, água e alimentação”, enfatizou.

“O Sindilegis propõe que o retorno às atividades presenciais, ainda que em regime de revezamento, seja gradual, em conformidade com as orientações e protocolos de biossegurança das autoridades sanitárias, e tenha início quando a vacinação dos grupos prioritários for concluída”, acrescentou Elesbão.

A maioria dos servidores da Câmara tem entre 30 a 59 anos – grupo que ainda não consta no cronograma de vacinação contra a Covid-19 no DF. “Mais de 14.392 trabalhadores atuam diariamente na Câmara dos Deputados, entre servidores efetivos e comissionados, terceirizados, estagiários e parlamentares. A concentração e circulação desse enorme contingente de pessoas nas dependências da Casa pode contribuir de maneira significativa com o aumento do número de contaminações e agravamento da pandemia no DF”, destaca o presidente do Sindilegis, em trecho do ofício.

Confira a íntegra do ofício aqui.

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