Em seminário, presidente do Sindilegis relata ameaças pelo trabalho contra a reforma da Previdência

 

De autoria do deputado professor Israel, o evento contou com a presença do presidente da Comissão Especial da PEC, Marcelo Ramos, e de entidades de vários segmentos

O presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, revelou que os dirigentes e funcionários do Sindicato vêm sofrendo ameaças devido à atuação do Sindicato contra o texto da reforma da Previdência (PEC 6/2019). Citou ainda que, das 10 emendas apresentadas pelo Fonacate, quatro foram parcialmente acatadas. A declaração foi proferida no debate sobre os impactos da reforma da Previdência Social que ocorreu nesta segunda-feira (17), em auditório da Câmara Legislativa do DF.

De iniciativa do deputado federal professor Israel (PV-DF), o encontro contou com a presença do presidente da Comissão Especial da PEC 06/19, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), e do presidente da Câmara Legislativa do DF, deputado Rafael Prudente (MDB), além de representantes da sociedade civil e dirigentes de entidades dos mais variados segmentos.

Na ocasião, o professor Israel elogiou a retirada da capitalização e do BPC do texto substitutivo da reforma da Previdência, apresentado na última semana. O parlamentar também parabenizou o Sindilegis por sua atuação e repudiou as ameaças sofridas pela entidade: “As redes sociais vivem em guerra e esquecem o significado do que é uma democracia. Vivemos um momento onde atitudes como essa são banalizadas, mas repudio com veemência esses grupos extremistas. Queria parabenizar o Sindilegis pelo trabalho e dizer que é preciso continuar nesse caminho, independente dos obstáculos”, falou.

O presidente da Comissão Especial da PEC 06, deputado Marcelo Ramos, falou que é preciso combater o desequilíbrio fiscal, e que a reforma é apenas um dos mecanismos para garantir um equilíbrio nas contas públicas. Também sinalizou que os servidores públicos não podem ser vilanizados, tendo em vista que as regras atuais – duramente combatidas pelo Governo – já existiam no momento em que prestaram serviço público. “Todo mundo precisa fazer sua cota de sacrifício, mas não é razoável você demonizar o servidor por algo que já estava pronto quando ele entrou”, explicou.

O presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, compôs a mesa do debate com dirigentes do Fonacate, Sindjus, Anfip e outras entidades parceiras em busca de discutir o texto da reforma da Previdência. As diretoras do Sindilegis Magda Helena e Fátima Mosqueira também prestigiaram a discussão. “Estamos sofrendo ameaças pelo nosso trabalho e isso não vai nos parar. Nosso compromisso é com a sociedade, com o servidor. O ministro Paulo Guedes atribuiu algumas derrotas sofridas ao ‘lobby dos funcionários do Legislativo’”, afirmou.

Petrus complementou ainda que as principais mudanças no texto original da reforma não atingem os servidores: “É necessário lembrar que as emendas que apresentamos não passaram conforme queríamos. Somente quatro foram parcialmente levadas em consideração. Há muito que precisa ser feito”.

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