No “Outubro Rosa”, Sindilegis ilumina sede e reforça apoio à campanha

Sindicato segue exemplo de órgãos do Legislativo e endossa campanha sobre prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama

O mês de outubro é dedicado à campanha de conscientização para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama: o “Outubro Rosa”. Todos os anos, ao longo do mês, os prédios da Câmara dos Deputados e do Senado Federal têm iluminação especial em referência à campanha. O Sindilegis, seguindo o exemplo das Casas que representa, também iluminou a sua sede desde o primeiro dia do mês. Com a fachada em cor de rosa, o Sindicato demonstra o apoio a essa causa.

Em todos os dias do ano, é necessário dar atenção à doença que acomete milhares de mulheres em todo o País. Porém, é neste mês de outubro, que é reforçada a importância de um diagnóstico nos estágios iniciais da doença, que é responsável por 95% de chance de cura. Para isso, é importante que a mulher conheça seu corpo, tenha acompanhamento médico anual e realize os exames diagnósticos de rotina, como a mamografia.

O Sindilegis apoia a campanha por acreditar que a divulgação massiva e a desmistificação sobre a doença são fundamentais para combatê-la. “O Diagnóstico precoce é essencial para reduzir os índices de mortalidade da doença. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de sucesso no tratamento. Por isso, apoiamos essa causa, porque lutamos, também, pelo bem-estar e pela saúde das mulheres”, afirmou a diretora de benefícios, Fátima Mosqueira.

A campanha “Outubro Rosa” nasceu na década de 90, nos Estados Unidos, com o intuito de promover a conscientização a respeito dos exames preventivos. A data é celebrada anualmente, pautando o assunto e possibilitando discussões a respeito da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento do câncer de mama, o tipo mais incidente entre as mulheres brasileiras. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), foram estimados 66.280 novos casos em 2020. Porém, nos últimos anos, a mortalidade da doença caiu mais de 40%, o que reforça a importância do diagnóstico prematuro.

O que aumenta o risco?

O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são:

  • obesidade e sobrepeso após a menopausa;
  • sedentarismo;
  • consumo de bebida alcoólica;
  • fatores da história reprodutiva e hormonal
  • primeira gravidez após os 30 anos;
  • não ter amamentado;
  • uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
  • ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
  • fatores genéticos e hereditários;
  • histórico familiar;
  • alteração genética;

Como prevenir

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

  • praticar atividade física regularmente;
  • alimentar-se de forma saudável;
  • manter o peso corporal adequado;
  • evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • amamentar

Sinais e sintomas

É importante que as mulheres observem suas mamas a fim de perceber pequenas alterações mamárias.

Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são:

  • caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
  • pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • alterações no mamilo;
  • pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
  • saída espontânea de líquido dos mamilos

 

Sindilegis continua, ano após ano, apoiando essa causa

O Sindilegis busca sempre apoiar causas que garantam o bem-estar de todos. A campanha “Outubro Rosa” sempre teve participação efetiva do Sindicato para divulgação e conscientização pela importância de se dar atenção ao tema.

No último ano, em uma tentativa de alerta, o Sindilegis trouxe história de servidoras da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do TCU que enfrentaram a doença e, hoje, servem de exemplo.

 

“Eu me salvei porque descobri ainda no início”, conta Mariene Andrade que enfrentou e venceu o câncer de mama

Sindilegis traz histórias de verdadeiras guerreiras que enfrentaram a doença e seguem servindo de exemplo e alerta para outras pessoas

Receber o diagnóstico de uma grave doença pode significar o início de uma vida cheia de aflições e tristezas. Mas não para Mariene de Andrade, que ao ter a notícia de um grave câncer de mama optou pelo sorriso no rosto e pela vontade de viver. Aos 38 anos, e com três filhos ainda pequenos, ela foi surpreendida por um tumor agressivo e maligno, mas não se deixou abater e sempre que podia trocava a cama de um hospital por uma boa roda de samba.

“Eu nunca perdi a vontade de viver. Foi sim um período difícil, mas tentei levar com alto astral. Nunca quis fazer quimioterapia na sexta-feira para não perder meu fim de semana. Fazia em um dia que pudesse estar bem para aproveitar o samba”, contou Mariene, com o mesmo sorriso com que enfrentou o período mais conturbado da sua vida.

Vivendo um bom momento, como mãe e servidora da Câmara dos Deputados, foi acometida pelo medo ao ouvir o médico proferir a frase: “Não sou portador de boas notícias”. Naquele instante, não era mesmo. Com os resultados dos exames da paciente em mãos, não restavam dúvidas. Começava ali a corrida de Mariene pela cura. Ao longo de um ano, foram 32 sessões de radioterapia, seis sessões da mais severa quimioterapia e a cirurgia para retirada dos gânglios linfáticos.

O tratamento para combater o câncer é penoso e a paciente sofreu com os efeitos colaterais. Para a mulher, naturalmente vaidosa, a perda de cabelo é a concretização do estado frágil de saúde e um revés na autoestima. Para não viver a triste experiência da queda massiva dos fios, Mariene procurou um salão de beleza. Em frente ao espelho, enquanto as lágrimas caíam incessantes, ela viu os seus belos cabelos longos serem raspados.

“A perda de cabelo é um processo triste. Depois de 15 dias de tratamento começou a cair. Para não ver meu cabelo indo embora fio a fio, fui ao salão. Nesse dia chorei muito. A minha autoestima acabou. Mas depois consegui levar numa boa. Fiz uma tatuagem de hena na cabeça e recebia muitas cantadas”, lembrou Mariene.

Enfrentar a perda de cabelo foi um dos momentos mais difíceis desde que teve o diagnóstico do câncer, mas a preocupação com a família também a deixou apreensiva. Além dos três filhos ainda pequenos, não queria ver a mãe sofrer, pois já havia passado pela mesma angústia quando o segundo filho teve leucemia. “No início, a minha família era minha maior preocupação. Mas ao longo do tratamento foi a minha força. É muito importante ter as pessoas que amamos ao nosso lado”, garantiu.

O simbolismo de contar a história de vida no mês dedicado à campanha de conscientização para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama deixou Mariene envaidecida. Com a propriedade de quem já sofreu as angústias trazidas pela doença, alertou para a necessidade da prevenção: “As mulheres precisam realizar os exames de prevenção. Eu me salvei porque descobri ainda no início. Caso contrário, não estaria aqui contando a minha história. É importante estar atenta e buscar informações, sempre”.

Hoje, aos 60 anos, com os belos cabelos longos de volta, o sorriso e a alegria de sempre, Mariene é contundente: “Eu não tinha outra alternativa. Enfrentar a doença com alta astral deixou o fardo mais leve. O sorriso e a vontade de viver foram a minha cura”.

 

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