Para o Sindilegis, reajuste no plano de saúde dos servidores da Câmara é doloroso, mas vital

Ou toma essas medidas para arrumar a saúde financeira do Programa ou quebra o sistema

Em busca de um consenso em relação à sustentabilidade do plano de saúde dos servidores da Câmara, o Sindilegis tem lutado em defesa da categoria e contribuído em todas as reuniões decisivas do Conselho Diretor do Pró-Saúde sobre os novos valores da contribuição mensal.

Os diretores do Sindicato entendem que a decisão do Conselho é baseada em fatos consolidados. O aumento anunciado via intranet na segunda-feira (6) já era previsto desde o ano passado. A cobrança, no entanto, será feita a partir de maio.

Antes de estabelecer o reajuste, a Administração da Casa realizou análises de cálculo, avaliação do modelo de gestão e estudos comparativos com planos de saúde de outros órgãos públicos, a fim de propor medidas visando combater a perspectiva atual de desequilíbrio financeiro e preservar a longevidade do Programa.

O vice-presidente do Sindilegis Paulo Cezar Alves é um dos membros do Conselho do Pró-Saúde e atua como representante dos servidores: “Ao tomar conhecimento das despesas do Programa, ficamos muito preocupados, pois sabemos que a sua existência está em risco se mantiver o ritmo de hoje. Pela projeção, em 10 anos, ele acaba”, salientou.

O diretor do Sindilegis Helder Azevedo explicou que o Pró-Saúde vem fechando no vermelho desde o ano passado. Já foram consumidos cerca de R$ 46,8 milhões do fundo de reserva do Programa em 2018. E os gastos só vêm aumentando. A medida, por mais drástica que seja, visa a manter o Pró-Saúde: “O Sindilegis entende a necessidade de um reajuste. Sugerimos inclusive um novo modelo de gestão do Programa mais eficiente e eficaz, para evitar esses reajustes tão impactantes”, disse. 

Individualização

Em julho do ano passado, o Conselho do Pró-Saúde deliberou pela individualização do plano de saúde dos servidores da Casa, ou seja, a cobrança será feita de acordo com a quantidade de usuários. A medida aguarda decisão da Mesa Diretora para ser executada.

Entenda a justificativa do Pró-Saúde

De acordo com representantes do Pró-Saúde, há uma série de fatores que contribuíram para o aumento dos valores, como o advento da Emenda Constitucional nº 95/2016, que impôs limites de gastos a todas as unidades orçamentárias, a participação do orçamento da Câmara dos Deputados no custeio das despesas do Pró-Saúde vem reduzindo anual e gradualmente.

Aliado a essa questão, o incremento das despesas médicas e hospitalares, sempre em percentuais substancialmente superiores aos índices inflacionários, fez as despesas do Plano saltarem de R$ 146 milhões, em 2016, para R$ 214 milhões, em 2017, e para 242 milhões, em 2018.

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