Por combate à reforma da Previdência, Sindilegis sofre ameaças anônimas e site é alvo de ataques de hackers

Em e-mail anônimo, diretores e funcionários foram ofendidos e ameaçados por combater pontos da reforma que atacam trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada. Site também tem sido constantemente derrubado por hackers

A atuação do Sindilegis contra pontos da PEC 6/2019, que trata da reforma da Previdência, tem incomodado grupos obscuros e antidemocráticos da sociedade. Na última quinta-feira (30), o Sindilegis entrou com uma representação criminal na Delegacia de Crimes Cibernéticos do DF em virtude do recebimento de um e-mail anônimo com ameaças ao presidente do Sindicato, Petrus Elesbão, bem como a diretores e funcionários da entidade.

O remetente da mensagem, que se intitula “nobody” [ninguém em inglês], afirma que o Sindilegis está sabotando a reforma da Previdência e chantageia os dirigentes com uma possível campanha na internet.

As intimidações tiveram continuidade com ataques de hackers ao site do Sindilegis. Nesta terça-feira (4), o portal da entidade ficou inativo após tentativa de invasão. A equipe de tecnologia da informação (TI) responsável pelo site afirmou que os ataques se intensificaram desde que o Sindilegis acirrou a luta contra trechos da PEC 6.

O presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, assegura, todavia, que a entidade não se abalou com as ameaças e que a atuação se intensificará contra pontos da reforma da Previdência que prejudicam os trabalhadores do serviço púbico e da iniciativa privada, bem como o conjunto da sociedade brasileira. Segundo ele, as chantagens demostram que a entidade está no caminho certo em defesa dos servidores públicos e da população brasileira.

“Esse tipo de atitude é um retrocesso à democracia e vem de segmentos radicais da sociedade. Mas nada disso nos abalou, pelo contrário, serviu de combustível para que continuemos nosso trabalho de proteger os nossos filiados e os cidadãos brasileiros”, assegurou.

Vice-presidente do Sindilegis para o TCU, Alison Souza, destacou ainda o caráter antidemocrático das ameaças. “É alarmante que instituições representativas da sociedade estejam sendo covardemente ameaçadas por defender os direitos das pessoas. Numa democracia o embate entre interesses distintos se dá pelas ideias, não por silenciamentos. Esse tipo de comportamento é típico de ditaduras”, defendeu diretor.

A polícia civil já iniciou investigação para apurar quem são os autores das ameaças e dos ataques ao portal. A entidade entrou ainda com representação no Ministério Público.

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