Projeto Jovem Senador empossa 27 novos parlamentares

Já pensou em vivenciar, em Brasília, o processo de discussão e elaboração das leis do país, conhecendo a rotina e simulando a atuação dos senadores da República? É exatamente essa a experiência que será proporcionada aos 27 estudantes selecionados pelo Projeto Jovem Senador 2015.

O projeto, que conta com o apoio do Sindilegis, do Ministério da Educação (MEC), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e das secretarias de Educação dos estados e do Distrito Federal, anualmente seleciona estudantes, até 19 anos, das 27 unidades da Federação.

E para selecionar os estudantes do ensino médio das escolas públicas estaduais e do Distrito Federal, foi realizado o 8º Concurso de Redação do Senado Federal, onde participaram cerca de cinco mil professores e mais de 200 mil estudantes em todo o país. Na ocasião, os participantes precisaram redigir redações com o tema “Participação política: no parlamento, nas ruas e nas redes sociais”.

A redação vencedora foi a da aluna Mariana Souto Pimenta, da Escola Estadual Dulce Ferreira de Souza, município de Passos, estado Minas Gerais, que redigiu sobre a Democracia Científica. A segunda foi para a redação Superar a indiferença para fazer a diferença, da aluna Eduarda Moura Pinheiro, da Escola Estadual de Ensino e Médio Craveiro Costa, município de Cruzeiro do Sul, estado Acre. E a terceira melhor redação foi para Ordem ou protesto, da aluna Maria Clara Prado Bezerra Nogueira, do Colégio Estadual Atheneu Sergipense, do município de Aracaju, Sergipe.

Na avaliação de Virgínia Malheiros Galvez, diretora da Secretaria de Comunicação do Senado Federal, esse é um dos melhores exemplos de iniciativas da Casa, especialmente por que são focadas no jovem cidadão brasileiro. Para ela, a melhor forma de entender como se dá o processo legislativo “é estar aqui participando, vivenciando a experiência de ser um senador”. E, enquanto profissional de comunicação da Casa, essa é uma maneira excepcional de multiplicar informações.

A cada ano é proposto um tema de redação como forma de ingresso. A legislatura tem duração de três dias e inicia-se com a posse dos jovens senadores e a eleição da Mesa. Os trabalhos são encerrados com a aprovação dos projetos e a consequente publicação no Diário do Senado Federal. Uma experiência enriquecedora para ambos os lados, como assegura Andrea Valente, diretora da Secretaria de Relações Públicas da Casa. Para ela, “a aproximação do Senado Federal com jovens dessa faixa etária é algo muito precioso e o Senado identificou e conseguiu atingir com muito sucesso”, ressalta.

O evento contou, ainda, com a participação do vice-presidente do Sindilegis para o Senado, Petrus Elesbão, da diretora de Educação Continuada, Cultura, Igualdade de Gênero e Meio Ambiente do Sindilegis, Giovana Perlin e de vários parlamentares, entre eles, o presidente do Conselho do Jovem Senador, senador Eduardo Amorim (PSC/SE), e da vice-presidente, senadora Fátima Bezerra (PT/RN).

Petrus Elesbão fez questão de destacar o papel do Projeto Jovem Senador enquanto multiplicador de informações para os jovens. Para ele, “colaborar na formação política de jovens cada vez mais atualizados e capazes é garantir a construção de um país melhor. Por isso, o Sindilegis tem orgulho em apoiar e participar de iniciativas tão bem-sucedidas como essas”, finalizou.

Os trabalhos serão encerrados na sexta-feira (20) com a discussão final no plenário do Senado Federal de todas as propostas apresentadas durante os trabalhos do Jovem Senador 2015. As proposições dos alunos têm tramitação iniciada como sugestão, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa e, após aprovação na CDH, poderão tramitar como projeto de lei do Senado Federal.

Saiba mais – Desde a sua primeira edição em 2011, os 108 Jovens Senadores que passaram pela Casa, apresentaram 39 sugestões legislativas e 34 estão em tramitação. A maior parte das proposições trata de temas da área de Educação e Meio Ambiente. Duas delas foram aprovadas no Senado Federal e estão na Câmara dos Deputados desde novembro de 2014; o PLS nº 467/2012, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para incumbir o sistema de ensino a identificar os estudantes de baixo rendimento e prover-lhes plano de recuperação e o PLS nº185/2012, que assegura a presença de professores devidamente qualificados nas redes públicas de ensino.

Os projetos estão especialmente voltados para solucionar os problemas que os próprios alunos enfrentam em sua rotina de estudante, na relação com a escola, com os profissionais da área e com a qualificação profissional para inserção futura no mercado de trabalho.

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