Rádio Metrópoles entrevista vice-presidente do Sindilegis sobre a reforma da Previdência

Programa “Cabeças da notícia” tem realizado uma série de entrevistas sobre o tema para sanar dúvidas da população

Como forma de antecipar as discussões que ocorrerão no seminário Reforma da Previdência: Um debate para ajudar a construir o futuro do Brasil, o vice-presidente do Sindilegis Alison Souza participou nesta semana do programa “Cabeças da notícia”, da Rádio Metrópoles FM. Conduzida pelo radialista Bruno Bob, a entrevista teve como foco os principais pontos da reforma da Previdência que afetam não só o servidor público, mas todos os brasileiros.

“Sabemos que, de tempo em tempo, existem alguns fatores que influenciam o sistema, como aumento da expectativa de vida, o desemprego, a taxa de fertilidade, entre outros. Entendemos que o problema não é revisitar as regras, mas, sim, discutir como elas atingem todos os brasileiros – das classes mais pobres até as mais ricas”, defendeu Alison.

O vice-presidente do Sindilegis esclareceu que o Governo realiza uma campanha “muito bonita” para mascarar a verdadeira face da proposta: “O Governo vende a reforma da Previdência como uma guerra entre os menos favorecidos e os mais riscos. Mas é uma propaganda. Todos nós pagaremos mais. O único beneficiado é aquele que ganha um salário mínimo, que vai ter uma redução de R$ 4,95 na sua contribuição mensal, mas lembrando que vai trabalhar 5 anos a mais por isso”, elucidou.

Durante o bate-papo com o apresentador, também foram destacados os pontos mais preocupantes para a população, como a pensão por morte e o cálculo do benefício: “A reforma atinge o aposentado, o cobrador de ônibus, o servidor público, a empregada doméstica, sem distinção nenhuma. A pensão por morte, por exemplo, é uma das medidas mais duras do Governo: o beneficiado só terá direito a 60% do valor que o cônjuge ganhava, mais 10% por dependente”.

Alison evidenciou que a reforma cria um problema muito sério no cálculo do benefício, que exige 40 anos de contribuição pra ter 100% da média de todos os salários: “Normalmente as pessoas começam a trabalhar cedo e ganham salários muito baixos. Ao longo da vida, ela vai progredindo e ganhando proventos mais altos. No entanto, com a reforma, quando chegar no final da vida laboral e pedir o benefício, aquele salário do início da carreira, de apenas um salário mínimo, será computado na conta”. Atualmente, o cálculo leva em conta os 80% maiores salários de contribuição. Estima-se que, utilizando a média de 100%, a redução das aposentadorias seja em torno de 20% a 30%.

Seminário Reforma da Previdência: Um debate para ajudar a construir o futuro do Brasil

O Sindilegis e o Fonacate, em parceria com o grupo de Comunicação Metrópoles, promoverão, nesta quinta-feira (27), das 18h às 20h, no Teatro dos Bancários (314/315 sul), o seminário Reforma da Previdência: Um debate para ajudar a construir o futuro do Brasil. O evento contará com quatro debatedores e um mediador, que será o editor de Brasil do Portal Metrópoles.

O doutor em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas professor do Instituto de Economia da Unicamp, Eduardo Fagnani, e a doutora em Economia para UFRJ, Denise Gentil, já confirmaram presença. Há expectativa de que o deputado Marcelo Ramos, presidente da Comissão Especial da PEC 6/2019, também participe.

Serviço

Evento: Reforma da Previdência: Um debate para ajudar a construir o futuro do Brasil

Data: 27/06/2019

Horário: 18h às 20h

Local: Teatro dos Bancários (314/315 sul)

Entrada gratuita

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