Sindilegis e Auditar participam do Congresso da FENASTC que discute corrupção, transparência e autonomia do auditor

No Dia Nacional de Combate à Corrupção, celebrado nesta quarta-feira (9), o Sindilegis participou da abertura do XXV Congresso da Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil (FENASTC). Em um debate amplo e aprofundado sobre a corrupção no Brasil, auditores e autoridades ainda discutiram outros tópicos que versam sobre o tema, como: autonomia, transparência e cidadania. A abertura do evento aconteceu no Tribunal de Contas da União e contou também com a presença da Auditar. A mesa de honra foi composta por presidentes de associações e demais entidades relacionadas à auditoria.

Para Paulo Martins, presidente da Auditar e anfitrião do encontro, a questão precisa ser densamente discutida e é obrigação de todas as organizações abordar o assunto. “Nós, como entidade que representa e age por uma mudança positiva na carreira dos auditores dos Tribunais de Contas, entendemos que esse é um debate que fortalece não apenas nosso entendimento real e aprofundado de um tema extremamente importante, mas também corrobora nossa disposição em contribuir com a sociedade. Não estamos só apontando para os erros externos, mas olhando para os próprios Tribunais e buscando melhorias internas”, afirma Martins.

A palestra magna abordou o tema “Corrupção e Sistema da Dívida Ativa”. O palestrante, Nildo Ouriques, que é doutor em economia pela Universidade Nacional Autônoma do México, afirmou que o país se encontra em uma crise política de âmbito generalizado. “Não vivemos apenas uma crise política, vivemos uma crise no sistema político brasileiro. […] O sistema político atual é incapaz de representar a população. O sistema é incapaz de reconquistar graus de confiança permanentes na população”, disse Ouriques, enquanto argumentava sobre a importância de rever a questão de forma mais aprofundada, e não apenas enfrentar os sintomas de um problema mais grave.

O presidente da FENASTC, Amauri Perusso, afirmou que a grande contribuição a ser apresentada a partir do debate é a emancipação do serviço e a auditoria concomitante à realização dos gastos e contratações, e não a fiscalização do passado, como ele cita: “Esse Congresso traz uma entidade amadurecida, que vem a Brasília para discutir questões relevantes para os de 17 mil auditores dos 34 Tribunais de Contas Brasileiros, e para 70 mil servidores que atuam dentro de Tribunais. Tratamos aqui a questão da independência da função da auditoria, defendendo a criação de uma carreira nacional para os auditores e a fixação de prerrogativas e garantias para os exercícios de atos da auditoria, com uma remuneração mínima nacional que garanta essa autonomia para o nosso trabalho”.

Alguns representantes de outras entidades também marcaram presença na cerimonia de abertura. Segundo eles, o TCU é uma peça importante para debater e tentar resolver as crises econômicas, éticas, politicas e sociais em que o Brasil se encontra.

“Esse evento vem ao encontro dos anseios da sociedade. Essas organizações, que compõem esse aspecto de entidade e de setores públicos, têm a intenção de levar à população o caminho para tratar assuntos de tal gravidade, como é a questão da corrupção e da dívida ativa”, destaca Antônio Carlos, Presidente da Confelegis e Secretário-Geral da Pública.

O XXV Congresso da FENASTC se estenderá até o dia 11, com debates voltados para a temática da carreira e independência da auditoria e deliberações específicas da entidade.

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