Sindilegis incentiva Pró-Adolescente da Câmara dos Deputados

Sindicato doou livros para composição de biblioteca para atender quadro de menores aprendizes da Casa Legislativa

É de conhecimento público que o prédio do Congresso Nacional abriga um grande acervo de obras de arte. Entretanto, poucos sabem que o Anexo I da Câmara dos Deputados é, também, morada de um recanto quase escondido, dedicado à leitura e ao conhecimento. No 27º andar, ao fim do estreito corredor, fica localizado o Espaço Viva Leitura, uma iniciativa do Programa de Apoio ao Trabalho do Adolescente — Pró-Adolescente – voltado para os menores aprendizes da Casa Legislativa e apoiado pelo Sindilegis.

Na tarde da última quarta-feira (3), o diretor Helder Azevedo e o membro do Conselho Fiscal do Sindicato Kléber dos Reis realizaram a entrega de 91 livros novos para a biblioteca do Programa. O espaço funciona desde 2006 e, apesar de ser normalmente silencioso, se encheu com os sons das músicas e risadas entoadas pelos adolescentes durante a confraternização.

O diretor Helder Azevedo explica que o Sindilegis sempre foi um parceiro do Pró-Adolescente: “O incentivo a esse tipo de ação é muito importante para o Sindilegis. Primeiramente, por sua própria contrapartida social em contribuir para o fortalecimento da cidadania. O desenvolvimento técnico desses adolescentes influencia diretamente no trabalho dos servidores”. Para o conselheiro Kléber Dias dos Reis, “contribuir com o exercício pleno da cidadania é uma maneira de fortalecer, consequentemente, a Democracia como um todo”.

Programa reconhecido e premiado

A Secretaria Executiva do Programa pertence ao Departamento de Pessoal da Câmara dos Deputados, que é responsável pela fiscalização e pelo acompanhamento das ações, que recebeu o Prêmio Candango de Excelência em Recursos Humanos promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos — ABRH-DF.

Edith Nóbrega, encarregada de gerir a biblioteca, explica que o objetivo do Pró-Adolescente é ir além do exigido pela Lei da Aprendizagem (Lei n° 10.097/2000), que regula a formação técnico-profissional do adolescente aprendiz inscrito no Programa: “Hoje temos um quadro de 460 jovens. Oferecemos apoio e reforço escolar, orientação vocacional gratuita, dentre outras ações. Nosso objetivo é o de contribuir com sua formação profissional, bem como pessoal”.

A secretária-executiva do Pró-Adolescente, Juliene Botelho, exalta a parceria com o Sindilegis: “Graças às doações do Sindilegis, temos conseguido dar continuidade a este espaço”. Ela conta que os livros doados pela entidade foram escolhidos pelos próprios adolescentes. “Realizamos uma pesquisa para saber por qual tipo de obras eles se interessam. O resultado mostrou que além dos livros selecionados pelos PAS (Programa de Avaliação Seriada da UnB), os estudantes gostam de assuntos como literatura infanto-juvenil e até Mitologia Nórdica”, explicou.

Taís Lourenço, de 17 anos, trabalha na Câmara dos Deputados há um ano e meio. Neste período, aproveitou o acervo com mais de 250 obras. A jovem conta que seu livro preferido foi “Dom Casmurro” de Machado de Assis. Questionada sobre sua opinião a respeito da grande discussão acerca da suposta infidelidade da personagem Capitu, Taís é assertiva em dizer “não, ela não o traiu”.  Na iminência de encerrar sua participação no programa, cuja duração máxima é de dois anos, Taís conta que o Pró-Adolescente transformou sua vida. “Eu me considero outra pessoa depois de fazer o estágio, ganhar experiência profissional e da oportunidade de ler tantos livros nessa biblioteca”, finaliza.

 

 

 

 

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