Sindilegis contribui para manter viva a iniciativa que preserva a integridade física das pessoas e das instalações das Casas legislativas
Diariamente, milhares de pessoas passam pelas dependências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. No ano de 2019, o Programa de Visitação do Congresso Nacional registrou 156,6 mil visitantes. Juntam-se a esses os servidores e colaboradores das Casas, que representam mais de 20 mil pessoas. Diante da movimentação intensa, é necessário lançar mão de artifícios para garantir a segurança, a integridade física das pessoas e do patrimônio. Para isso, as Polícias Legislativas contam com o auxílio de cães farejadores para proteger o local e quem o frequenta.
Desde 2019, dois cães – um Pointer Inglês e um Pastor Alemão – auxiliam a Polícia Legislativa Federal na detecção de armas e explosivos. Porém, apesar do trabalho exitoso, os precursores do projeto esbarraram em dificuldades diárias que, agora, serão mitigadas com o apoio do Sindilegis para manutenção do canil e compra de equipamentos necessários para o trabalho com os cães e também de recarga para a Armaria, que irá ajudar nos treinamentos policiais. O Sindicato irá contribuir financeiramente com a iniciativa até que o projeto passe por todos os trâmites burocráticos e seja formalmente institucionalizado. Assim, poderá ser mantido, de maneira integral, pelas próprias Casas.
Os servidores responsáveis pelo projeto, Floriano Peixoto,– da Secretaria de Polícia Legislativa do Senado (SPol)- e Leonela Santos – do Departamento de Policia Legislativa da Câmara (Depol)-, explicam que, atualmente, são eles, com a ajuda de outros servidores, que mantém o projeto funcionando. “Fomos nós que compramos os cães, as roupas, a alimentação e tudo que é necessário para mantê-los. Essa ajuda do Sindilegis será fundamental para manter o projeto vivo”, disse Floriano.
O vice-presidente do Sindilegis para o Senado Federal, Antônio Vandir, um dos idealizadores do Projeto no Senado Federal, falou da importância em ter o cães auxiliando o trabalho da Polícia Legislativa e garantiu que, sempre que possível, irá atuar para ajudar a atividade policial nas Casas. “O Congresso tem um fluxo intenso de pessoas, tornando-se imprescindível o trabalho com os cães-detectores. Sou um dos idealizadores do projeto e sei dos benefícios que esse trabalho gera. É uma bela e necessária iniciativa. Agora, como membro do Sindilegis, farei sempre o possível para ajudar os servidores e contribuir para melhorar as atividades policiais”.
Os cães são especialmente treinados para farejar armas, explosivos e outros artefatos que representem risco à segurança. Antes de iniciar o projeto, os condutores, Floriano e Leonela, concluíram curso oferecido pela Polícia Civil do Distrito Federal. A chamada “unidade k-9”, termo comum nos países de língua inglesa para designar cães utilizados pela polícia, já existe em diversos Parlamentos do mundo.
“O trabalho com os cães é uma ferramenta poderosa. Trata-se de um aparato de contraterrorismo voltado para a prevenção, por meio das varreduras, e que, por si só, já contribui para inibir pessoas de qualquer intento criminoso, pois gera um grande impacto visual”, garantiu a policial Leonela Santos.
Cães farejadores atuam pela primeira vez na segurança de grande evento
A primeira vez que as polícias legislativas do Senado e da Câmara utilizaram cães farejadores para auxiliarem na checagem prévia de segurança de grandes eventos no Congresso Nacional foi em meados de 2019. Naquela ocasião, no Salão Negro, aconteceu palestra com o professor e escritor israelense Yuval Harari, com presença de autoridades e convidados.
A varredura completa foi realizada rapidamente pelos cães, em aproximadamente 15 minutos. Os animais percorreram todo o recinto, efetuando o rastreio de possíveis pontos onde suspeitos poderiam ter escondido armas e explosivos.