Café com Política: edição Pensar Brasil discute propostas de melhorias ao país em momento de transição

Série especial trará palestrantes do Congresso Pensar Brasil, ocorrido em maio deste ano, para debater a formulação de políticas públicas

Contribuir com o governo de transição na formulação de políticas públicas nas áreas de desenvolvimento, tecnologia e trabalho para o Brasil no pós-eleições. Essa foi a tônica do primeiro episódio do Café com Política: edição Pensar Brasil, que ocorreu na segunda-feira (22), com a presença dos ex-ministros Aldo Rebelo e General Santos Cruz, e o editor do portal Poder 360, Guilherme Waltenberg.

A série contará com outros episódios e segue a temática discutida no Congresso Pensar Brasil, realizado em maio deste ano, no Rio de Janeiro, e que contou com a participação de Rebelo e Santos Cruz como painelistas. No encontro, foram discutidos temas voltados ao trabalho, à tecnologia, ao desenvolvimento, à indústria e outros temas com foco na formulação de políticas públicas para o desenvolvimento do País.

Temas de interesse atual

O presidente do Sindilegis e o coordenador do Sindjus-DF, Alison Souza e Costa Neto, respectivamente, mediaram o Café com Política, que foi organizado pelas duas entidades. Temas como polarização política, expectativas para o novo governo, transição, política econômica e valorização dos servidores públicos foram debatidos em mais de 1h de discussão, que foi transmitida pelos canais oficiais do Sindilegis e Sindjus.

A atual polarização que domina o país foi um dos temas mais discutidos pelos convidados. Segundo Santos Cruz, é preciso trabalhar para eliminar as fake news: “Temos uma indústria de notícias falsas e desinformação que todo dia procura alimentar aqueles que estão em uma linha extremista. Vejo que foi uma eleição muito apertada e não há desonra em você perder uma eleição. Mas acabar com esse fanatismo que existe atualmente no Brasil é uma necessidade urgente, pois isso só colabora para a desunião do país”.

Para Aldo Rebelo, é preciso que o Brasil fortaleça suas instituições de Estado: “Criou-se um abismo entre instituições públicas e privadas e isso se reflete na população, que acha que esses dois entes precisam estar em conflito e confronto. O Brasil não pode secundarizar nem menosprezar o papel do Estado porque ele é fundamental para apoiar o mercado e o investimento privado”.

Entre as perguntas elaboradas pelo jornalista Waltenberg, uma delas girou em torno do que os brasileiros deverão esperar do novo presidente eleito. “O Brasil não é um país governado pelo sectarismo, pelo exclusivismo, pelo ódio. Isso não governa o país. O Brasil só é governável com a aliança de forças heterogêneas, alianças políticas, em torno de objetivos comuns e é essa unificação que esperamos do presidente Lula”, afirmou Aldo Rebelo.

Pautas prioritárias

Educação, saúde pública e o eixo social. Para os ex-ministros, a pauta prioritária é extensa, mas esses três pontos são os de maior urgência que o Brasil enfrenta atualmente. “Você tem uma área de emergência, que é a situação social, uma parte da população exposta a riscos muito graves de fome, nutrição, carências”, pontuou Rebelo.

“Como o ministro [Aldo Rebelo] falou, não existe apenas uma prioridade, existem várias, principalmente da área social. É preciso compreensão e união. Se o Brasil continuar desunido dessa forma, nenhum problema será resolvido – seja ele político, seja qual for o item”, complementou Santos Cruz.

Trabalho com os sindicatos

Costa Neto e Alison Souza reforçaram que as entidades buscam a interlocução e o diálogo com todos os segmentos, de forma apartidária e visando o que é melhor para o serviço público e o país como um todo. A abordagem foi elogiada pelos ministros, que destacaram a importância dos sindicatos para o debate. “É fundamental a existência e o bom funcionamento dos sindicatos. A democracia exige um dinamismo para que ela tenha bons resultados, ela existe dentro de um equilíbrio de forças. Os sindicatos fazem parte disso; eles precisam realmente equacionar quais são os interesses da categoria a qual defende e fazer um esforço naquela direção”, afirmou Santos Cruz.

O ministro Rebelo reforçou: “Creio que o papel de um sindicato é de discutir o país, de representar os interesses das suas categorias. É fazer o que Sindilegis e Sindjus já estão fazendo: discutir, debater e orientar soluções para os nossos dilemas. Que o próximo governo atue com generosidade, no sentido de união, guardando as suas convicções, sabendo que governará para todos os brasileiros, inclusive para aqueles que não votaram no presidente eleito”, concluiu.

Você pode rever o Café com Política clicando aqui.

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