Na última sexta-feira (25), o Sindilegis, em colaboração com entidades representativas dos servidores públicos, promoveu uma entrevista ao vivo com Karolyne Guimarães, candidata à presidência da OAB-DF. A quarta entrevista do Café com Política – Edição Especial OAB-DF foi uma oportunidade para advogados do Distrito Federal conhecerem as propostas e trajetória da candidata.
Karolyne é graduada em Direito pela Universidade Paulista, com especialização em Advocacia Criminal e mestrado em Ciências Sociais pela Unisinos. Ela também se especializou em Gestão de Processos Acadêmicos na Faculdade Projeção. Sua experiência abrange instituições como MPDFT, TJDFT, STF, PGR e Infraero. A candidata foi membro da Comissão de Ciências Criminais da OAB/DF e atuou como advogada orientadora no Núcleo de Prática Jurídica da Faculdade Projeção. Além disso, ocupou cargos de destaque, como diretora da OAB Subseção de Taguatinga e Subsecretária de Estado de Infraestrutura da Saúde do DF. É também palestrante e coach para a 2ª fase do exame da OAB na área penal, e atuou como Administradora de Taguatinga em dois governos distintos.
Em relação à atuação da OAB, Guimarães enfatizou a importância de uma gestão preventiva. “Temos que atuar de forma preventiva, oferecendo apoio psicológico e defendendo as prerrogativas dos advogados”, afirmou. Ela propôs a criação de um “agente de prerrogativa”, um profissional capacitado para intervir em situações de violação dos direitos e garantias que assegurem o exercício da advocacia de forma independente e eficaz.
A candidata ressaltou a necessidade de integrar tecnologia no exercício da advocacia, destacando que a Inteligência Artificial deve ser vista como uma aliada, e não como substituta dos seres humanos. “Devemos garantir que todos os advogados tenham acesso às novas tecnologias, não apenas os grandes escritórios”, acrescentou.
Críticas à gestão atual
Karolyne também criticou a falta de transparência na gestão da OAB, questionando a ausência de um portal atualizado para prestação de contas. “A OAB não fiscaliza o Judiciário porque não é fiscalizada. Isso precisa mudar”, declarou.
Além disso, em sua visão, a OAB deve atuar em apoio aos advogados no início de suas carreiras, oferecendo capacitação e oportunidades, especialmente por meio da Escola Superior de Advocacia.
PL que proíbe a advocacia privada para servidores do TCU
Durante a entrevista, um dos pontos abordados foi o Projeto de Lei nº 3.594/2024, que propõe proibir a advocacia privada por servidores do Tribunal de Contas da União (TCU). Karolyne se posicionou contra a proposta, defendendo que todos os advogados têm o direito de exercer sua profissão plenamente, desde que não atuem contra a entidade à qual estão vinculados.