Candidato ao Senado Federal, Marcelo Hipólito defende estabilidade do servidor contra pressões políticas externas

Dando continuidade à agenda de entrevistas com os candidatos para as eleições 2022, a série especial do Café com Política: Eleições ouviu, nesta segunda-feira (19), o candidato ao Senado Federal pelo PTB Marcelo Hipólito, que há 17 anos ocupa o cargo de servidor público.

Propostas para o servidor
Questionado sobre a PEC 32/20, que dispõe sobre a reforma administrativa, Hipólito explicou que seu partido é da base de apoio do Governo mas que, nesse caso específico, tem uma série de restrições à proposta, no que diz respeito à questão dos contratos temporários, à precarização do serviço público e ao fim da estabilidade. “Uma forma de você preservar a carreira de Estado é com a estabilidade. Claro, ela não pode ser absoluta; o servidor que pratica um crime tem que ser punido e perder o cargo. Mas você não pode fragilizar o vínculo e tirar a autonomia daquele funcionário, se isso é prejudicial à sociedade e a à lei. Ele precisa estar blindado para enfrentar essas pressões políticas”, apontou.

A recomposição salarial e a mesa de negociação coletiva foram citadas por Hipólito, que afirmou que a falta de valorização do servidor público tem causado a perda de muitos técnicos eficientes para a iniciativa privada: “A recomposição inflacionária é uma necessidade. E quando se começa a ter uma desvalorização salarial muito grande, você começa a tornar o mercado privado um fator atrativo para os talentos que estão no serviço público. Nas agências reguladoras, isso já está acontecendo: excelentes técnicos estão sendo atraídos pelo mercado e isso é uma perda para o Estado e a sociedade”.

Propostas para o Senado
Na entrevista, Hipólito afirmou que suas propostas estão pautadas em três pilares: “A defesa da liberdade de expressão, pois defendo que ela seja exercida no limite da responsabilidade legal; a contenção do ativismo judicial, pois precisamos ter juízes que cumprem a lei e não a interpretem; e trabalhar pelo parlamentarismo, para uma definição adequada do que é o poder moderador no Brasil”, explicou.

A privatização do Estado também foi discutida pelo candidato ao Senado: “Meu partido não é obcecado pela privatização, mas não é contrário à ela. Não nos preocupamos muito com essa discussão sobre Estado mínimo ou máximo, mas sim do Estado forte, com carreiras de Estado valorizadas”.

Confira a entrevista na íntegra clicando aqui.

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