Diretor da Pública – Central do Servidor é agredido por coronel da PM durante protestos em Brasília

O diretor da Pública – Central do Servidor e presidente da Fenastc (Federação Nacional das Entidades dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil), Amauri Perusso, foi violentamente agredido por um coronel da PM durante a manifestação Ocupa Brasília, que ocorreu nesta quarta-feira (24). Amauri estava príximo ao caminhão onde discursavam Deputados e Senadores. Ao serem alvo das balas de borracha, Amauri tentou conversar com o coronel para informar que o grupo ali estava se manifestando pacificamente e não oferecia qualquer risco. Durante o diálogo, o coronel apontou uma arma para a cabeça do diretor, que diante da ação resolveu não dar continuidade à conversa e ir embora. Ao virar-se de costas, o coronel chutou fortemente a panturrilha de Amauri, causando ferimento que  o impediu de continuar andando.

A agressão foi testemunhada por dezenas de pessoas. Apís ser atendido no local pelo Corpo de Bombeiros, o diretor foi levado ao pronto-socorro pelos colegas da Pública – Central do Servidor.

Amauri Perusso é Auditor Público Externo do Tribunal de Contas da União do Rio Grande do Sul e está à frente de diversas entidades de classe, lutando pelos direitos dos servidores públicos. Perusso é um respeitado crítico e pesquisador econômico. 

Em um cenário de guerra em Brasília, com direito a bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, foi necessário que um dos bombeiros negociasse com a Polícia Militar, que não parava de atirar balas de borracha, para conseguir chegar ao local e atender o diretor.

Segundo o presidente da Pública, Nilton Paixão, a Central denunciará criminalmente o ato do coronel e irá acompanhar as investigações por parte da PM: A Polícia Militar existe para estabelecer a ordem pública e não para agredir cidadãs e cidadãos. A Polícia do DF, sob o comando do governador Rodrigo Rollemberg, se utilizou de balas de borracha para atingir até mesmo mulheres grávidas, denunciou Nilton Paixão.                     

                                                 

              Na foto, o coronel que agrediu o diretor da Pública. 

O presidente disse ainda que a violência seguiu durante toda a manifestação. Os representantes das entidades presentes ficaram a maior parte do tempo abaixados ou cobrindo o rosto para tentar amenizar os efeitos do gás lacrimogênio. A Pública, assim como as outras entidades, estava valendo-se de seu direito democrático de protestar pacificamente. Ainda assim, a Polícia jogava bombas contra o caminhão e atirava em direção a nís. Uma covardia sem fim, completou Paixão.

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