Fica a dica: como se manter seguro ao utilizar o novo sistema de pagamentos, o Pix

Em operação desde 16 de novembro, sistema do Banco Central teve um custo de implementação de R$ 10 milhões. Sicoob Legislativo, parceiro do Sindilegis, também já aderiu à modalidade

Anunciado como uma “verdadeira revolução bancária”, o novo sistema de pagamentos do Banco Central, o Pix, entrou oficialmente em operação, no dia 16 de novembro, no Brasil. Com um lançamento envolto em promessas, muitos servidores ficaram desconfiados com a verdadeira segurança da ferramenta, bem como sobre suas reais possibilidades. De acordo com o BC, a implementação do PIX, que inclui todos os seus sistemas subjacentes, custou cerca de R$ 10 milhões.

A ideia é simples: por meio do novo sistema é possível fazer transferências e pagamentos em até dez segundos, além dele ser disponível 24 horas por dia, 7 dias da semana. Mas para usar o novo sistema do Banco Central, é necessário o cadastro de chaves. As chaves do Pix são os identificadores que substituem os números de agência e conta em uma transferência pelo novo sistema. Em vez de fornecer todos os dados bancários, o usuário informa apenas o celular, o CPF ou um e-mail para receber um pagamento ou transferência. Devido a sua agilidade e ao custo gratuito, o Pix vem para substituir os tradicionais TED, DOC e boletos bancários.

O Sicoob Legislativo, principal cooperativa de crédito parceria do Sindilegis, também já aderiu à modalidade e disponibiliza o cadastramento de chaves para seus associados. Segundo estimativa da gerente Silvia Ribeiro, o Pix traz facilidades em meio a um cenário difuso e permeado por incertezas. “Fomos todos duramente afetados pelas consequências do coronavírus. A saída é apostar em mecanismos e estratégias que facilitem a resolução de problemas para o usurário, de uma forma que traga segurança, facilidade e colabore para o distanciamento social”.

Cuidados com a segurança – A recomendação do Banco Central é que o usuário sempre realize o cadastramento de chaves e quaisquer operações com o Pix por meio das plataformas dos bancos ou financeiras. As instituições financeiras, por sua vez, alertam que nunca pedem senhas ou código de validação de transações (tokens) fora de seus canais digitais e, por isso, dados pessoais e financeiros só devem ser inseridos em sites e aplicativos oficiais.

Apesar da novidade, as recomendações de segurança são as mesmas para proteger o acesso aos serviços financeiros já usados. Golpes podem chegar por SMS, e-mail, WhatsApp ou pelas redes sociais. Ao receber uma mensagem de seu banco ou financeira, desconfie!

Como identificar golpes – A Kaspersky, uma empresa de segurança digital, mapeou até o fim de outubro de 2020 mais de 60 sites fraudulentos que usam as técnicas de “phishing” para o roubo de informações. O termo phishing faz alusão à pescaria, pois golpistas usam o cadastro como ‘isca’ para que a vítima entregue seus dados. As técnicas mais comuns são a instalação de softwares maliciosos (malware) nos computadores e celulares; promoções falsas para coleta de dados; e a indução da entrega de informações em cadastro falso.

Confira abaixo algumas dicas para evitar possíveis golpes:

– Nunca clique em links antes de fazer checagem da mensagem;

– Tenha cuidado extra com links encurtados, verifique os outros itens da mensagem;

– Em hipótese alguma forneça senhas ou tokens fora do aplicativo ou site oficial do banco (especialmente pelo telefone);

– Não compartilhe código de verificação, como do WhatsApp, recebido por e-mail ou SMS;

– Verifique o número de onde foi enviado o SMS – números desconhecidos podem significar golpe;

– Cheque sempre o remetente do e-mail para verificar se é um endereço válido de seu banco;

– Nas redes sociais, veja se a conta da instituição financeira é verificada;

– Desconfie de promoções muito generosas.

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