#FicaADica, #FicaEmCasa: 10 filmes para refletir sobre o racismo

O caso do Norte-americano negro George Floyd, morto de maneira cruel durante ação policial em Minneapolis reacendeu, de maneira veemente, a discussão acerca da discriminação racial. Protestos antirracismo nos Estados Unidos eclodiram contra a barbárie que ultrapassa os limites do tempo. Até quando pessoas irão morrer simplesmente pela cor da pele?

O racismo é real e perdura há séculos em todo o mundo. Além das histórias que correm pelos nossos olhos, como a Floyd, as produções cinematográficas são capazes de nos fazer enxergar como a discriminação destrói vidas.

Diante do momento em que vivemos, se não estamos nas ruas junto aos milhares de norte-americanos, que possamos refletir sobre o tema e buscar entender que o racismo é estrutural e o que podemos fazer para mudar essa história. E para te ajudar a fazer essa reflexão, separamos um leque de filmes com essa temática, que estão nas plataformas de streaming, como Netflix e Amazon Prime.

ASSISTA: 

À Espera de Um Milagre (1999) – (Netflix)

O filme À Espera de Um Milagre mostra a história de John Coffey (Michael Clarke Duncan), um homem negro condenado à morte pelo assassinato brutal de duas irmãs gêmeas de nove anos, em um momento em que a segregação racial era muito forte nos Estados Unidos. Na prisão, ele conhece o carcereiro Paul Edgecomb (Tom Hanks), que começa a entender melhor o acusado e descobre que não há nada de mal em seu ser, muito pelo contrário.

 

 

Green Book (2018) – (Amazon Prime)

Vencedor do Oscar de Melhor Filme, a produção dirigida por Peter Farrelly se passa em 1962 e conta a história de Don Shirley (Mahershala Ali), um pianista famoso mundialmente que começa uma aventura pelo sul dos Estados Unidos para a sua turnê musical. Ele contrata Tony Lip (Viggo Mortensen) para ser seu motorista e segurança, e então os dois começam a enfrentar problemas em suas viagens devido à segregação racial.

 

 

12 Anos de Escravidão (2013) – (Netflix)

Também vencedor do Oscar de Melhor Filme, 12 anos de Escravidão tem como cenário a vida de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um jovem livre e que vive com tranquilidade junto aos filhos e sua esposa no ano de 1841. A vida do rapaz muda completamente quando ele é sequestrado e vendido como um escravo.

 

 

 

Bem-vindo a Marly-Gomont (Bienvenue à Marly-Gomon) – (Netflix)

Baseado em fatos reais, conta a história de Seyolo Zantoko (Marc Zinga), um médico que acabou de se formar em Kinshasa, capital do seu país natal, o Congo. De lá, ele decide partir para uma pequena aldeia francesa, um vilarejo onde teve a oportunidade de exercer a profissão, sendo os primeiros negros a habitarem o local. O filme expõe o impacto de ser diferente em uma terra fértil para ignorância. Com a sua família ao seu lado, Zantoko embarca na maior jornada de sua vida, onde precisará vencer o preconceito e as barreiras culturais para vencer.

 

O mordomo da Casa Branca ( The Butler) – (Amazon Prime)

 

1926, Macon, Estados Unidos. O jovem Eugene Allen ((Forest Whitaker)  vê seu pai ser morto sem piedade por Thomas Westfall (Alex Pettyfer), após estuprar a mãe do garoto. Percebendo o desespero do jovem e a gravidade do ato do filho, Annabeth Westfall (Vanessa Redgrave) decide transformá-lo em um criado de casa, ensinando-lhe boas maneiras e como servir os convidados.  Eugene cresce e passa a trabalhar em um hotel ao deixar a fazenda onde cresceu. Sua vida dá uma grande guinada quando tem a oportunidade de trabalhar na Casa Branca, servindo o presidente do país, políticos e convidados que vão ao local. Entretanto, as exigências do trabalho causam problemas com Gloria (Oprah Winfrey), a esposa de Eugene, e também com seu filho Louis (David Oyelowo), que não aceita a passividade do pai diante dos maus tratos  recebidos pela cor da sua pele.

 

What Happened, Miss Simone? – (Netflix)

O documentário apesenta a vida da cantora, pianista e ativista Nina Simone (1933-2003). Usando gravações inéditas, imagens raras, diários, cartas e entrevistas com pessoas próximas a ela, o documentário faz um retrato de uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos. Nina Simone era uma mulher que desejava liberdade, e foi atrás dela quando abertamente se colocou em meio à luta pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, durante a turbulenta década de 1960.

 

Corra! – (Netflix)

Um dos maiores sucessos de 2017, indicado ao Oscar na categoria de melhor filme, “Corra!” discute racismo de uma forma que começa sutil, com apenas aquele desconforto inicial de quem sabe o que é sofrer discriminação velada. A apreensão de Chris (Daniel Kaluuya) ao conhecer a família branca da namorada é compreensível, até mesmo esperada. Já seria uma boa demonstração de como negros são afetados pelo racismo se não tivesse todo o segredo pavoroso da família Armitage, mas, com a reviravolta, tudo fica ainda mais perturbador.  Em “Corra!”, o diretor Peele aproveita a estrutura narrativa típica de filmes de terror e thrillers de suspense clássicos para criar uma das primeiras obras do gênero que tem o racismo como ponto central.

 

Branco sai, Preto fica – (Netflix)

No centro de tudo está uma noite de 1986 que não acabou: aquela em que a polícia reprimiu com violência um baile de black music na Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, deixando uma porção de feridos. A frase que dá título ao filme saiu da boca de um policial naquela noite fatídica. Os brancos podiam ir embora, os pretos ficavam para apanhar. O filme de Adirley Queirós é um manifesto das classes pobres sobre o estado do Brasil e se volta para a democracia racial.

 

Cara gente branca – (Neflix)

Quando os alunos brancos de uma escola decidem dar uma festa temática sobre a raça negra, quatro alunos negros começam uma manifestação. Esta é uma sátira feroz ao racismo e ao pensamento politicamente correto e condescendente a respeito da diversidade racial. A trama acompanha quatro estudantes negros da Universidade de Winchester: Sam White (Tessa Thompson) com o programa Dear White People, que dá nome ao filme, que busca mostrar o racismo do dia-a-dia, Troy (Brandon P Bell), filho do reitor, com aspirações políticas e presidente de uma das casas da instituição, Lionel (Tyler James Williams), que aspira ser repórter e constantemente sofre preconceito por ser gay e Coco (Teyonah Parris), que possui seu próprio show no Youtube e sofre com evidentes problemas de auto-aceitação. Assistimos esses jovens lidando com as demonstrações de racismo na universidade, enquanto uma guerra racial está prestes a eclodir.

 

Olhos que condenam – (Netflix)

Está minissérie retrata um dos casos mais emblemáticos da história real norte-americana que envolve a condenação e a prisão de cinco jovens negros do bairro do Harlem sob a falsa acusação de estupro de uma mulher no Central Park em 1989. Os questionamentos dos personagens, que ocorrem enquanto eles aguardam a primeira audiência do caso — exibida no segundo episódio –, servem para definir a principal temática e debate da produção: a invisibilidade dos jovens negros, que historicamente estão entre os que mais morrem e os mais encarcerados do mundo.

 

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