Inaugurada oficialmente a exposição D. Quixote

Em comemoração ao Dia do Bibliotecário, a Biblioteca do Senado Federal inaugurou oficialmente, nesta quinta-feira (26), uma exposição documental com peças originais de exemplares raros de revistas da coleção Vicente Machado recentemente adquirida ao espólio deste bibliófilo brasileiro.

Estiveram presentes na abertura da exposição o primeiro-secretário do Senado Federal, Vicentinho Alves; a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka; o diretor-geral adjunto de contratação, Humberto Lucena; o diretor-geral adjunto de gestão, Gustavo Ponce de Leon; o diretor da Secretaria de Gestão e Documentação, Márcio Sampaio e a coordenadora da Biblioteca do Senado, Helena Celeste Ribeiro Lustosa.

A ideia surgiu quando a coleção de periódicos raros foi adquirida em 2013 pelo Senado Federal. De acordo com Helena Celeste, a exposição cumpre com a missão da Casa de disseminar a informação aos parlamentares e servidores, subsidiando discursos, proposições legislativas, entre outros. Os agradecimentos foram destinados aos profissionais e às entidades parceiras.

“Agradeço a dedicação e profissionalismo dos responsáveis por essa exposição e ao Sindilegis e à Assefe, sempre parceiros em eventos de interesse do servidor legislativo”, enfatizou Helena.

O vice-presidente do Sindilegis para o Senado e também presidente da Assefe, Petrus Elesbão, considera uma oportunidade apoiar exposições como esta. “Ficamos muito felizes de participar de uma iniciativa que enriquecerá a vida dos servidores e ficará no acervo da biblioteca para sempre resgatarmos essa memória tão importante da nossa história”, ressaltou.

A diretora-geral do Senado, Ilana Trombka, relembrou os tempos em que chegou ao Senado. “Desde que entrei na Casa, lembro-me da biblioteca sempre pulsante. Parabenizo a todos que fazem com que este espaço não seja só de livros, mas de gente e de informações.  Estas iniciativas fazem com que a gente pense e queira se informar mais”, comentou. Para ela, esta é mais uma oportunidade de não só servidores, mas também alunos de diversas escolas e visitantes conhecerem virtualmente ou pessoalmente essa coleção tão rara.

Vicentinho Alves acredita que a exposição demonstra o fortalecimento da biblioteca e, para ele, os profissionais da área são verdadeiros guardiões. “O saber é uma riqueza de valor incalculável e aos bibliotecários, guardiões do conhecimento humano, lhes cabe contribuir na democratização do saber, no acesso a esse tesouro presente nos livros. Manifesto a minha admiração e dedicação empenhada por esses profissionais, que cumprem a importante missão de preservar o patrimônio intelectual brasileiro e do mundo”, destacou.

Importância do acervo – Honrando a palavra institucional da Casa, o primeiro-secretário destacou a importância de fortalecer a biblioteca e reconhecer a riqueza do acervo que ali está.

“Esta é uma das bibliotecas mais completas de Brasília e serve a toda a comunidade. É notório o fato de muitos servidores que ingressaram nos quadros do Senado, por concurso público, também estudarem nesta biblioteca antes da aprovação”, comentou.

Vicentinho destacou alguns números do acervo, especialmente nas áreas de Ciência Política e Direito. De acordo com ele, a biblioteca mantém, aproximadamente, 200 mil livros, seis mil títulos de periódicos, oito mil obras raras e três milhões de recortes de jornais. A coleção senador Luís Viana Filho conta com 12 mil volumes e a coleção de depósito legal com as obras editadas pelo Senado Federal e a biblioteca digital com cerca de 250 mil documentos e texto completo.

A exposição

O destaque fica com as revistas homônimas D. Quixote produzidas por dois editores de múltiplos talentos que se destacaram na imprensa brasileira: Angelo Agostini, de origem italiana, editor e caricaturista, responsável por publicações como a Revista Illustrada, Diabo coxo e Cabrião; e Manoel Bastos Tigre, jornalista, publicitário e bibliotecário que escreveu e editou diversas obras e periódicos além de ser, por justa homenagem, o patrono da Biblioteconomia Brasileira.

Outros pontos altos da mostra são: o próprio personagem Dom Quixote, as caricaturas produzidas por diversos artistas brasileiros e estrangeiros e que marcaram esse tipo de publicação, os “reclames” (anúncios) que despontaram nas revistas brasileiras do início do século passado, e, por fim, as histórias seriadas, nossos atuais quadrinhos, que nasceram da pena de Angelo Agostini.

Quem quiser continuar esse passeio pelas revistas pode acessar na Biblioteca Digital do Senado Federal os exemplares digitalizados em conteúdo integral dessas pérolas quixotescas. Na Biblioteca, a exposição será até o dia 10 de abril.

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