Mamães do Senado terão jornada de trabalho reduzida e sala de amamentação apís licença-maternidade

A exemplo do que já acontece na Câmara dos Deputados e no Tribunal de Contas da União, as servidoras do Senado Federal, inclusive as detentoras de função de confiança, cumprirão jornada de trabalho de seis horas no período após a licença-maternidade até o último dia do mês em que a criança completar quinze meses de vida. A medida integra o Programa de Assistência à Mãe Nutriz, instituído pela Comissão Diretora do Senado no dia 31 de março deste ano, após forte mobilização das servidoras da Casa em parceria com a Diretoria-Geral e o Sindilegis.

“A iniciativa não contempla apenas a amamentação, mas o convívio da mãe com o bebê, favorecendo efetivamente o desenvolvimento da criança em todos os aspectos. Além disso, o fato de conseguir passar mais tempo em casa com o filho acaba reduzindo substancialmente a absência da mãe no trabalho no início de vida da criança”, destaca a servidora Camilla Zaiden Simão Goggin, uma das idealizadoras do projeto e chefe de serviço de gestão de cargos e carreiras da Secretaria de Gestão de Pessoas do Senado.

Luta – Mãe do pequeno Marcelo, de nove meses, Camilla lembra a angústia por ter que se separar do filho por várias horas após a licença-maternidade – sentimento amargo compartilhado por diversas servidoras que, ao tomar conhecimento de que órgãos como a Câmara e o TCU já haviam implantado medidas de redução na carga horária para mães durante o período de amamentação, se organizaram para propor algo semelhante no Senado. O primeiro passo foi procurar a Diretoria-Geral, onde contaram com a adesão imediata da diretora Ilana Trombka.

Com uma minuta de ato para a implementação do programa em mãos, as servidoras percorreram toda a Casa em busca de apoio acompanhadas da diretora-geral, Ilana Trombka, e do vice-presidente do Sindilegis para o Senado, Petrus Elesbão, garantindo o aval de mais de 50 senadores, inclusive o do primeiro-secretário, Vicentinho Alves (PR-TO). A aprovação pela Comissão Diretora veio logo em seguida.

“O apoio do Sindilegis e da Assefe foram essenciais para garantirmos essa conquista. O Petrus [Elesbão] esteve conosco todo o tempo e não mediu esforços para que o programa saísse do papel”, ressaltou Camilla.

Segundo Ilana, a iniciativa faz parte da política de valorização dos colaboradores da Casa, prevista na Carta de Compromissos do Senado: “O programa, assim como a sala de amamentação, contribuirá para a integração da mãe e da criança”.

Já para o vice-presidente do Sindilegis para o Senado, Petrus Elesbão, a iniciativa é um grande passo para melhorar ainda mais a convivência entre mãe e filho, sem deixar de lado as obrigações rotineiras no trabalho. “É uma honra para o Sindilegis apoiar um projeto tão bacana e tão importante para a vida de nossas servidoras. Não apenas a criança se beneficia – e muito – com a presença e o cuidado da mãe, mas o próprio Senado em si”, conta.

Sala de amamentação – As mamães do Senado contam, desde março do ano passado, com a Sala de Apoio à Amamentação localizada no Bloco 7 da Gráfica, atrás do Instituto Legislativo Brasileiro, o ILB. O espaço, que conta com equipamento de refrigeração para armazenamento de leite, forno micro-ondas, bancada e pia, além de berço e poltrona, fica à disposição das servidoras efetivas e comissionadas, terceirizadas, estagiárias, jovens aprendizes e esposas ou companheiras de servidores, entre às 9h e 17h.

“É um lugar tranquilo e confortável para as mães que estão amamentando poderem amamentar os filhos ou ordenhar o leite, até por uma questão fisiológica da mãe, porque o seio vai enchendo de leite”, afirma Camilla.

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