Marcos Valério De Araujo

Marcos Valério Araújo, natural de Natal e residente em Campinas, carrega em sua bagagem uma rica formação acadêmica, com graduações em Administração e Direito. Diversificado em seus talentos, Marcos é escritor e compositor musical, tendo ao longo de sua trajetória publicado diversos livros e músicas. Mas, sua identidade artística se desdobra em vários pseudônimos, que se alteram conforme o gênero literário ou musical que aborda. Dentre suas obras destacam-se “Cordel dos Dedos”, “Para Glosar no Final”, “O Segredo dos Ciganos”, “A Montanha e o Grão de Areia” e “Mutretas e Futricas de um Processo Democrático”.

O autor não apenas é reconhecido por seu talento, mas também por seu caráter e seu amor à família. Pai de três filhos – Brysa, Rodrigo e Tainá – ele também se orgulha de ser avô de uma cadelinha chamada Melody. Além disso, seu comprometimento com o meio ambiente é evidente, uma vez que plantou inúmeras árvores ao longo de sua vida. Apaixonado pela cultura brasileira, Marcos tem uma afeição especial pelo Nordeste e, dentro dele, pelo cordel. Generoso, ele optou por renunciar aos direitos patrimoniais de sua obra “Cordel dos Dedos”, destinando-os às ações sociais do Rotary Club de Campinas.

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O JULGAMENTO DE SÓCRATES

(Cordel universitário)

Marcos Valério de Araújo

POR ENFRENTAR PODEROSOS

SÓCRATES FOI CONDENADO

A UM PORRE DE SICUTA

Foi Ânito quem presidiu

O nefasto tribunal

Logo ele, general

De temerária conduta,

Conduziu a acusação

Por caminhos tortuosos

Meleto, reles poeta

De deslustrada poesia

Apontou pedofilia

Sem prova absoluta

E acusou por pura inveja

Com libelos enganosos

POR ENFRENTAR PODEROSOS

SÓCRATES FOI CONDENADO

A UM PORRE DE SICUTA

Aristófanes, no palco

De seu teatro bufão

Fez de Sócrates charlatão

Atiçando a disputa

Fazendo dos achincalhes

Estilhaços amargosos

Surgiu também o Licão

Um orador da elite

À mercê da “juizite”

Propôs uma pena bruta

Pro sábio, só por ter outros

Princípios religiosos

POR ENFRENTAR PODEROSOS

SÓCRATES FOI CONDENADO

A UM PORRE DE SICUTA

Alcebíades, intrujão

Que amava uma lapada

Fez por pura presepada

Uma acusação biruta

Empurrando nosso sábio

Pra desfechos escabrosos

Quando terminou a farra

Da injusta decisão

No Banquete de Platão

Prosseguiram na labuta

Lá os vis acusadores

Festejaram asquerosos

POR ENFRENTAR PODEROSOS

SÓCRATES FOI CONDENADO

A UM PORRE DE SICUTA

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