“Não aceitaremos uma reforma administrativa sem diálogo”, afirmam diretoras do Sindilegis em ato sobre a Reforma Administrativa

Movimento, liderado pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, reuniu centrais sindicais e entidades na Câmara para discutir a reforma do serviço público já sinalizada pelo Governo

Nesta quarta-feira (12), o Sindilegis e diversas entidades do serviço público marcaram presença no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em ato político para protestar contra as últimas investidas do Governo contra os servidores, em especial, para discutir os desdobramentos da reforma da Previdência.

O encontro, promovido pela Frente Parlamentar Mista do Serviço Público e a Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados, também foi um espaço para a realização do Seminário “Reforma Administrativa – Desmonte do Estado como Projeto”, que contou com três palestras.

Os representantes das entidades fizeram discursos de repúdio à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que usou o termo “parasitas” para se referir a servidores públicos na última sexta-feira, em evento no FGV do Rio de Janeiro.

As diretoras do Sindilegis Magda Helena e Fátima Mosqueira estiveram presentes na discussão e reafirmaram a postura de defesa do Sindilegis contra ataques gratuitos aos servidores. “Sem o servidor o Brasil para. Ao invés de trabalharem conosco por um país melhor, o Governo parece ir na contramão e nos eleger como vilões”, apontou Magda.  “Não aceitaremos uma reforma sem diálogo. Estamos preparados para apresentar contrapropostas e buscar soluções pacificamente. Tudo que pedimos é que o Governo faça o mesmo”, complementou Fátima.

Reforma é vista como pauta sensível

A primeira palestra – Mitos e Verdades sobre o Funcionalismo Público – foi proferida pelo doutor em Sociologia e Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Félix López; seguida da “Privatização das Finanças Públicas no Brasil”, pelo doutor em Economia e Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, José Celso Cardoso Jr, finalizada pelo painel “Privatizações e Desnacionalização da Economia Brasileira”, pelo economista Paulo Kliass.

As incertezas sobre o envio ou não da reforma administrativa são vistas com desconfiança pelos painelistas, que demonstraram preocupação. “Pode ser uma estratégia esdrúxula. Em 24 horas, houve três idas e vindas e vários recuos. Até porque, o governo sabe que o que tem para ser feito nesse texto da reforma é muito pouco. O grosso mesmo está na PEC Emergencial (PEC 186). Não tem sentido esse debate caloroso que veio, coincidentemente, dias após o discurso equivocado de Guedes”, afirmou Kliass.

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