Relançada a Frente parlamentar para defender a aposentadoria dos brasileiros

Sindilegis é signatária do movimento; foram eleitos cinco senadores e cinco deputados na Frente para coordenar os trabalhos durante a 56ª legislatura

Mais um passo importante foi dado para fortalecer a luta de quem defende uma reforma da Previdência justa. Nesta quarta-feira (20), foi relançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social, que conta com dezenas de entidades – o Sindilegis entre elas –, deputados, senadores e representantes da sociedade civil como signatárias do movimento.

Durante o evento, os participantes tiveram a importante missão de eleger os novos coordenadores para conduzirem os trabalhos da Frente durante a 56ª legislatura. Foram eleitos dez parlamentares (cinco senadores e cinco deputados): Paulo Paim (PT-RS), Elisiane Gama (PPS-MA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Weverton Rocha (PDT-MA), André Figueiredo (PDT-CE), Bira do Pindaré (PSB-MA), Bohn Gass (PT-RS), Professora Marcivania (PCdoBe-AP) e Rodrigo Coelho (PSB-SC).

O presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, conclamou a sociedade a participar da construção dessa proposta: “O trabalhador brasileiro não pode ficar de fora dessa luta. Nós temos que dar a nossa contribuição; precisarmos tornar essa reforma, que só visa a acabar com o sistema previdenciário, mais justa. Portanto, junte-se a nós! Vamos combater essa proposta que só interessa o lucro do mercado financeiro”.

O que foi definido?

De início, uma estratégia já definida pelo movimento é fazer pressão nos estados sobre os parlamentares que integram a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, primeiro passo para a tramitação da proposta.

O senador Paulo Paim (PT-RS) explicou que integrantes da Frente viajarão por estados nas próximas semanas para discutir a reforma da Previdência com lideranças locais. Além disso, criticou o teor da PEC 06: “A reforma, como está, não interessa a ninguém a não ser ao mercado financeiro. O povo brasileiro não quer essa reforma porque o que está sendo proposto para a capitalização é o fim da previdência. Ataca inclusive a seguridade. Queremos fortalecer a Constituição que defende um pacto social”.

Na primeira reunião, na semana passada, a Liderança da Minoria já havia distribuído uma primeira nota técnica com os principais pontos da reforma, com o objetivo de qualificar a crítica a ser feita ao projeto. Além disso, há um quadro comparativo que leva em consideração o regime próprio dos servidores públicos.

As mobilizações contra a PEC 06/19 também irão prosseguir a partir da sexta-feira (22), quando haverá o dia nacional de luta das centrais e dos movimentos sociais. No dia 29, em São Paulo, a Confederação de Mulheres do Brasil realizará uma passeata em São Paulo, no Viaduto Santa Efigênia, em frente à sede do INSS na capital paulista. No dia 11 de abril, a Liderança da Minoria reservou o auditório Nereu Ramos para construir um ato público na Câmara. Também é esperado um ato de mulheres dentro da Câmara, ainda sem data definida.

O vice-presidente do Sindicato Paulo Cezar Alves conclamou a todas as classes de trabalhadores a se unirem para barrar a PEC 06. “Isso não é uma reforma; é o desmonte da Previdência pública no Brasil”, apontou.

Sobre a Frente Parlamentar

Além das entidades e centrais sindicais, o movimento é integrado por parlamentares do PT, PSB, PSol e Rede, além de Solidariedade, PCdoB, PDT, entre outros partidos. “Nosso objetivo é unir forças para esclarecer a população brasileira todos os prejuízos que essa reforma, se for aprovada, vai causar na vida dos brasileiros. Se nós esclarecermos e provarmos o que é e como é cruel, ela não passa na Câmara”, afirmou o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ).

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