A parlamentar manterá diálogo com entidade sobre a reforma administrativa e outras demandas dos servidores
Na manhã desta segunda-feira (16), dirigentes do Sindicato participaram de uma reunião com a senadora Leila Barros (PSB-DF) e sua assessoria. A parlamentar é líder do seu partido no Senado. Pelo Sindilegis participaram o presidente Petrus Elesbão, os vice-presidentes Alison Souza e Paulo Cezar Alves e a diretora Fátima Mosqueira.
A pauta envolveu diversos temas entre eles a reforma administrativa, programas de valorização e reconhecimento do servidor, projetos sociais nas áreas de educação, esporte e cultura e ações sociais e de combate ao machismo e feminicídio.
Durante a reunião, Petrus reforçou o posicionamento dos servidores em relação à proposta de reforma administrativa. Segundo ele, o governo aponta o ajuste fiscal e a eficiência do serviço público como motivos da reforma. Citando a Lei de Responsabilidade Fiscal, o presidente defendeu que o país já estabeleceu, desde o ano 2000, o teto de gastos da folha e os remédios a serem adotados em caso de descumprimento. Para ele, agora é “achar os meios de cumprir a LRF”. Quanto à eficiência, Elesbão denunciou que “a proposta apresentada é um retrocesso, pois restabelece as condições anteriores à Constituição de 88, ou seja, é a volta dos apadrinhados, do cabide de empregos e outras práticas inaceitáveis. Como sermos eficientes nesse ambiente?”.
O presidente e os demais diretores também expuseram à Senadora preocupação com dispositivo da proposta que confere ao Poder Executivo autonomia para fechar órgãos públicos sem avaliação do Congresso Nacional e a não apresentação dos estudos de impacto que deveriam embasar a proposta. O Sindilegis se comprometeu a enviar ao gabinete da Senadora um relatório sobre a PEC 32/20 e suas sugestões de contrapropostas e destaques.
A Senadora Leila Barros, por sua vez, se mostrou aberta ao diálogo: “Estamos aqui para construir pontes. Prometo que, com responsabilidade e equilíbrio, vocês serão ouvidos. Nosso principal foco de trabalho é o público e, durante a pandemia, ficou ainda mais claro para a sociedade como o trabalho dos servidores impacta a população”. Leila mostrou preocupação com a ausência de dados que embasem a reforma administrativa. Relembrou que o seu posicionamento contrário à reforma da Previdência, em 2019, se deu exatamente pela ausência das informações sobre a proposta apresentada à época.
Os diretores e a Senadora também conversaram sobre outras iniciativas do Sindicato ligadas à cultura, esporte, causas sociais e ao combate ao machismo institucional. Recentemente o Sindilegis foi eleito para o Conselho da Mulher do DF.