Sindilegis participa de atos que enterram reforma da Previdência

Apís 14 meses de luta, a reforma da Previdência foi finalmente sepultada. Desde que foi apresentada ao Congresso Nacional, em 5 de dezembro de 2016, a pauta foi fortemente combatida pelo Sindilegis e entidades representativas do serviço público e entidades privadas, que tinham em mente o mesmo objetivo: a não aprovação da PEC 287/16. Nesta terça-feira (20), as entidades realizaram o enterro simbílico da reforma da Previdência em frente à Câmara dos Deputados. 

Dias de luta

Nos últimos dois dias, o Sindilegis intensificou o cronograma de manifestações. Na segunda e terça-feira (19 e 20), o Sindicato esteve presente no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, endossando o movimento para sensibilizar parlamentares a enterrarem a PEC 287. Entoando palavras de ordem como Se votar e não volta! e A Previdência é nossa!, os manifestantes buscaram abordar parlamentares e cidadãos para explicar os efeitos nocivos da proposta. 

Simultaneamente, também na terça-feira (20), o Sindilegis marcou presença na quadra 302 norte, onde ficam localizados os apartamentos funcionais dos deputados federais. Manifestantes se reuniram com faixas e tambores, gritando palavras de ordem como Se votar não volta! e Abaixo à reforma da Previdência!. Os deputados foram abordados pela diretora do Sindilegis Magda Helena, que manifestou o descontentamento com a PEC 287/16: Essa proposta foi uma tentativa de assalto aos direitos do trabalhador. Não é possível fazer este tipo de reforma sem consultar antes a população. 

 

Enterro simbílico

No início da tarde, foi a vez de ocorrer o enterro simbílico da PEC 287/16, que teve início em frente ao Anexo 2 da Câmara dos Deputados. Com direito à caixão e à coroa de flores, o Sindilegis foi citado diversas vezes como entidade atuante na luta contra a reforma. Contudo, mesmo com seu sepultamento, as entidades se manterão vigilantes, como explica o presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão: O Sindilegis está atento para que a PEC 287 não seja ressuscitada apís a eleição ou até mesmo por outro governo. Caso isso ocorra, iremos nos unir mais uma vez a outras entidades para que os direitos dos servidores não sejam retirados de forma injusta e desrespeitosa.

Elesbão aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio dos congressistas que se posicionaram a favor do serviço público e dos trabalhadores brasileiros. 

Para Paulo Martins, vice-presidente do Sindilegis, os servidores não podem se esmorecer diante do fim da tramitação da PEC 287/16: Este é um daqueles velírios em que a gente não fica triste. é um velírio que temos que certificar que o corpo vai para o túmulo, que vai ser enterrado debaixo de muita terra e muito suor de todos os servidores e trabalhadores brasileiros que não cessaram nas mobilizações, salientou.

Atuação reconhecida

O senador Hélio José (PROS-DF) cumprimentou os manifestantes e parabenizou a atuação do Sindicato. O Sindilegis é um sindicato forte e que tem lutado contra a aprovação da reforma desde que o Governo anunciou a proposta, disse. Já os deputados Jandira Feghali (PC do B-RJ) e Lincoln Portela (PRB-MG) também congratularam a iniciativa da entidade, mas reforçaram que é preciso se manter vigilante. Mesmo com o encerramento da PEC 287, ainda precisamos estar atentos contra eventuais ataques do Governo, atentou Jandira.

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