Sindilegis debate redução da desigualdade social em lançamento de campanha

Ocorreu, na manhã da última quinta-feira (11), o lançamento da campanha Desigualdade: Isso é da sua conta!. O movimento é uma iniciativa do Fírum Nacional Pela Redução da Desigualdade Social, composto pelo Sindilegis, Conselho Federal de Economia (COFECON) e outras 25 entidades parceiras. O evento foi realizado no auditírio Nereu Ramos, no Anexo II da Câmara dos Deputados, e contou com a participação da diretoria do Sindicato.

Ogib Teixeira, diretor de aposentados e pensionistas, esteve presente na solenidade e ressaltou o compromisso do Sindilegis com as lutas sociais. Nís representamos o trabalhador desta Casa, deste Parlamento, que é a casa do povo. Por tanto, todas as lutas do povo, são nossas também, declarou o diretor, quando questionado sobre a relevância da participação da entidade na campanha.

Teixeira também alertou para as ameaças que rondam os trabalhadores. A reforma trabalhista vai eliminar 100% dos sindicatos municipais, 80% dos estaduais e um grande número dos nacionais. O diretor argumentou, ainda, que a educação é o que mantém o equilíbrio social: Invejamos os países europeus, mas lá a educação funciona, do primeiro ao terceiro grau.

Cerca de 320 pessoas assistiram ao evento que teve a presença de 12 parlamentares de partidos diferentes (PT, PSB, Rede, PSOL e PCdoB) e 30 dirigentes de entidades nacionais e algumas locais.

O objetivo da iniciativa é justamente abrir o discurso sobre a necessidade de revisão do modelo tributário, bem como uma auditoria da dívida pública. No Brasil, 72% da arrecadação de tributos estão concentrados sobre o consumo e sobre a renda do trabalho. Enquanto na média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a tributação sobre a renda do capital e da riqueza é de 67%, no Brasil é de apenas 28%, na contramão do restante do mundo.

O presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Júlio Miragaya, avaliou a importância do debate. Temos a convicção de que levaremos ao povo esta sensibilização, que passaremos um projeto de um novo modelo tributário em que os ricos paguem impostos e que os trabalhadores sejam aliviados, disse.

Reformas aumentarão desigualdade

Ao invés de buscar soluções mais assertivas para a crise econômica no País, o Palácio do Planalto apresentou, ao final do ano passado, suas propostas de reformas trabalhista e previdenciária. A segunda acaba de vez com a vinculação de recursos à Seguridade Social.

A Deputada érika Kokay (PT/DF) presidiu a sessão de abertura da solenidade. A parlamentar também utilizou o espaço de fala para criticar os projetos propostos pelo Governo. A reforma da Previdência que querem fazer vai tornar a desigualdade entre campo e cidade ainda maior. Ela penaliza os trabalhadores e, ainda mais, a mulher. é um retrocesso que precisa ser parado, alertou Kokay.

Para Ogib, preservar e ampliar os direitos sociais, as políticas públicas de valorização do trabalho e da educação devem ser objetivos de todos os cidadãos brasileiros: O Governo faz, hoje, um serviço de contrainformação para a população. Nís, servidores públicos, temos a verdadeira informação. Todo trabalhador brasileiro precisa combater estas proposições que sí vão resultar no aumento da desigualdade social.                        

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