“Mulheres e homens construindo um setor público com mais equidade”. Esse foi o tema abordado em evento realizado pelo Tribunal de Contas da União, Senado Federal e Banco Central nesta sexta-feira (31), no Auditório Ministro Pereira Lira, no TCU. Em um mês em que os olhares se voltam mais intensamente para as discussões acerca da desigualdade de gênero, em virtude do Dia da Mulher, os órgãos públicos se uniram para realizar um evento em que o machismo histórico e estrutural e as desigualdades de oportunidades estiveram no centro do debate.
O Sindilegis, que apoiou o evento denominado “Mês da Mulher”, foi representado pela diretora de Comunicação, Elisa Bruno. Ela, que assumiu o lugar de porta-voz da campanha “Como não ser um babaca”, realizada pelo Sindicato em razão do Dia da Mulher, falou sobre a necessidade de derrubar comportamentos machistas no ambiente pessoal e institucional. “É fundamental eventos como esse, que tocam em um assunto tão importante e necessário. Há anos o Sindilegis tem protagonizado campanhas em que tentamos despertar nos servidores um olhar mais atento para as boas práticas de equidade e respeito. Neste ano, lançamos a segunda edição do livro “Como não ser um babaca”. Assim, esperamos contribuir para que mulheres não sejam mais vítimas de comportamentos e comentários machistas”, comentou Elisa.
Dois palestrantes foram convidados para falar sobre o tema e fizeram isso de maneira precisa, contundente e, por vezes, bem humorada, prendendo a atenção de todos os participantes. Viviana Santiago, colunista da revista AzMina e consultora da UNICEF, e Guilherme Valadares, fundador do portal Papo de Homem, subiram ao palco e, com dados e estudos categóricos, deixaram todos com a sensação de que, sim, pode-se fazer mais. “Não é um favor e não é demais falar daquelas que representam mais da metade da nossa população,” concluiu Viviana.
O evento contou com a participação de autoridades, que compuseram a mesa de abertura: o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas; a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka; o presidente do BCB, Campos Neto; a diretora de Administração do Banco Central, Carolina Barros; e a procuradora-geral junto ao TCU, Cristina Machado. Em seus discursos, pontos consonantes chamaram atenção e trouxeram alento por tempos melhores: o fato de que todos os órgãos têm trabalhado de maneira assertiva para garantir o que dispõe o objetivo 5 do desenvolvimento sustentável da ONU: “garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública”.
