Sindilegis homenageia as mulheres, neste 8 de março, em ação contra a reforma da Previdência


Diretores do Sindilegis compareceram ao seminário que debateu a reforma da Previdência.

Flores, chocolates e homenagens são justos neste dia 8 de março (quarta-feira) pela ocasião do Dia Internacional da Mulher. Porém, mais importante que isso, o Sindilegis participou nesta manhã de mais uma ação contra a reforma da Previdência. O ato voltado para elas aconteceu no auditírio do Interlegis, no Senado Federal. Reunindo mais de 300 mulheres de vários estados e do Distrito Federal, o evento foi organizado pelo Senador Paulo Paim (PT-RS) e teve o apoio do Sindicato.

A nossa batalha é para que exista o máximo de respeito às mulheres, que precisam ser ouvidas e preservadas, disse o presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, que compareceu ao evento e conversou com diversas lideranças femininas presentes.

A diretora de educação continuada, cultura, igualdade de gênero e meio ambiente do Sindilegis, Marília Marra, participou da mesa de debate e alegou que a proposta do Governo quer acabar, do dia para a noite, com um direito que equilibra a diferença entre mulheres e homens sem oferecer nenhuma contrapartida. Durante o seminário Reforma da Previdência: ruim para todos, pior para as mulheres, a diretora do Sindilegis também citou dados importantes da realidade brasileira em relação às mulheres. Para ela, é impossível que se faça uma comparação entre as idades de aposentadorias de outros países, como entre Brasil e Alemanha, onde a igualdade de gênero e outros avanços são incomparáveis.

Mais de 350 mulheres participaram do seminário, no Dia Internacional da Mulher.


Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) averiguou que, enquanto semanalmente os homens executam 10,5 horas de serviço de casa, as mulheres gastam, em média, 26,6 horas na mesma atividade. A discrepância também se destaca para o fato de, depois de casados, os homens diminuírem sua contribuição em horas de serviços domésticos, enquanto a das mulheres aumenta.

O vice-presidente do Sindilegis, Paulo Martins, também participou do evento e defendeu a luta em favor dos direitos das mulheres: Elas são maioria no nosso país. Ainda assim tentam ferir seus direitos e ignoram a importância delas na nossa sociedade. Não vamos deixar isso acontecer! Nossa luta é contínua, mas deve ser destacada e fortalecida nesse Dia das Mulheres.

O seminário contou ainda com a presença da coordenadora Geral da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Maria Lucia Fatorelli; da professora da UFRJ, Denise Gentil, ambas especialistas no tema previdenciário, dentre outras dirigentes de entidades representativas.

Não ao retrocesso!
As mulheres compareceram em peso ao seminário. Algumas delas já têm o direito garantido à aposentadoria, mas estão engajadas na luta contra a reforma da Previdência Social. é o caso da aposentada Socorro Rocha, presidente da Associação Viva a Vida: Estou lutando pela aposentadoria do futuro. Se pararmos de lutar, como vai ficar a situação? Fico preocupada com a minha família e com as jovens que trabalham buscando um amanhã melhor.

Junidete Vieira acredita que a luta contra a reforma é também dos que já estão aposentados.ÌâåÊ

Junidete Vieira, de 73 anos, também aposentada, integra a luta contra o desmonte da Previdência Social: O que vem por aí é muito ruim. Se mexerem nos nossos proventos, não teremos condições de continuar a viver de forma digna. Por isso estou aqui.

Segundo o Censo do IBGE de 2010, a renda média mensal bruta de todos os homens no país é de R$1.673, enquanto a das mulheres é bem menor: R$ 1.217.

Jane Ferreira, presidente da Federação das mulheres do Distrito Federal e entorno, afirma que a luta precisa ser intensificada para que não haja retrocesso: Uma coisa é ter que lutar para conquistar, outra é para que não percamos os nossos direitos já adquiridos.

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