Um mar de servidores, trabalhadores, dirigentes sindicais e
parlamentares tomaram as ruas da Esplanada dos Ministérios, na manhã desta
quarta-feira (15), para o primeiro ato público unificado contra a reforma da
Previdência (PEC 287/2016). O movimento, que mobilizou diversas categorias em
todo o País, reuniu mais de 20 mil pessoas.
Em seu discurso, o presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão,
afirmou que a pressão sobre os parlamentares não pode parar: Essa é uma clara
demonstração de força. Todas as entidades estão engajadas no mesmo objetivo:
oferecer uma alternativa a essa reforma. é preciso mostrar para o Governo que,
do jeito que o texto está, o projeto não passa. Não vamos deixar passar.
Acredito que o Governo, a partir de agora, vai se sensibilizar e abrir espaço
para o debate e o diálogo.
O vice-presidente do Sindicato, Paulo Martins, também marcou
posição no ato público e conclamou aos servidores por força e união nesse
momento: Hoje é um dia de fortalecimento da nossa luta. Mais de vinte mil
pessoas unidas contra a reforma da Previdência, mostrando para o Governo que
esse movimento está crescendo e será um dos maiores do Brasil. Vamos juntos
contra a PEC do Caixão.
O presidente da Pública – Central do Servidor, Nilton Paixão,
declarou que a reforma é injusta e prejudicial ao País: Em hipítese alguma
essa reforma é justa porque onera tão somente a classe trabalhadora. Nenhuma
medida nela busca o incremento das receitas da Seguridade Social. Pelo
contrário, o ajuste é sí do lado da despesa, sí subtraindo direitos de
trabalhadores. é uma reforma que parece ter sido encomendada pelo mercado.
Na ocasião, a diretora Magda Helena Tavares distribuiu
material de consulta nacional sobre reformas e auditoria da dívida: Esperamos
que o Governo perceba que é importante sentar e negociar com a sociedade. é
preciso haver diálogo e comunicação para que a classe trabalhadora e de
servidores públicos não tenha direitos retalhados.
No ato público, o Sindilegis forneceu caminhão de som para o
pronunciamento de dirigentes. Além disso, distribuiu material explicativo sobre
as falácias do rombo e medidas que o Governo deve realizar antes de alterar as
regras de aposentadoria.
Parlamentares em peso
O evento na capital federal contou com a participação de
parlamentares, como os senadores Humberto Costa (PT-PE), Lindbergh Farias
(PT-RJ), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Regina Sousa (PT-PI) e Paulo Paim
(PT-RS); e os deputados federais Carlos Zarattini (PT-SP), érika Kokay (PT-DF),
Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Bohn Gass (PT-RS), Reginaldo Lopes (PT-MG), Assis
Carvalho (PT-PI), Afonso Florence (PT-BA), Patrus Ananias (PT/MG) e Chico
Alencar (PSOL-RJ).
Para o Senador Humberto Costa, é preciso fazer um alerta a
todos os trabalhadores do Brasil. De forma ilegítima e ilegal, querem fazer
com que os mais pobres paguem essa conta e que o sistema financeiro seja
beneficiado pelos serviços privados de aposentadoria, disse.
A Deputada Erika Kokay reforçou que o que está em jogo é a
destruição da Previdência: Não mexam na única política que reconhece a
desigualdade sexual do mercado do trabalho. Não toquem nos nossos direitos. Ele
é fruto da luta, da dor, e da esperança.
A data 15 de março foi definida pelas entidades integrantes
do movimento A Previdência é Nossa! Pelo Direito de Se Aposentar como o Dia
Nacional de Lutas contra a reforma da Previdência. As manifestações também
aconteceram em outras cidades brasileiras.
Muitos outros atos e movimentos virão por aí. Fique atento e
venha junto com o Sindilegis na luta pela sua aposentadoria!