Formado há 18 anos, o Coral do Senado reúne servidores para apresentações nacionais e internacionais
Uma maestrina perfeccionista e uma turma formada por alunos dedicados. Essa é a essência do Coral do Senado, que já existe desde 1996, reunindo talentos dos servidores das mais diversas áreas da Casa, que têm algo em comum – são apaixonados pela música. Sob regência da maestrina Glicínia Mendes, o coral possui 45 vozes, que participam de apresentações no âmbito do Congresso Nacional e externas, inclusive fora do país.
O talento dos servidores chegou a tal patamar, que este ano recebeu indicação para uma apresentação internacional – a peça Misatang – uma missa em ritmo de tango, do compositor argentino Martin Palmieri, que será em Nova Iorque, no dia 15 de janeiro de 2015.
“Esse é um coroamento muito especial, até inesperado. Recebemos com muita honra esse convite. Fomos indicados e recomendados para fazer esse concerto. Será um evento muito importante”, explica a maestrina Glicínia Mendes.
O sucesso do trabalho do Coral é fruto de muito suor e dedicação, tanto dos alunos, quanto da regente. Os ensaios ocorrem semanalmente no horário do almoço e, neste período, os alunos são cobrados para apresentarem um trabalho que beira a perfeição. Segundo Glicínia, o maior desafio dela é ajudar a tirar a música de dentro dos servidores.
“Os cantores quando vêm para cá têm muita vontade de apender e a grande maioria vem sem ter cantado em nenhum outro coro, sem ter feito muita música na vida. Mas eles têm uma vontade maravilhosa. Então o meu trabalho é de burilar e polir as vozes e, como reposta, tenho muito interesse e dedicação deles. Assim, fica muito fácil e prazeroso”, declara a maestrina.
A Diretora Executiva do Coral Maria Tereza Mariz Tavares pertence ao grupo desde a sua criação. Ela conta que eles já se apresentaram inúmeras vezes no Brasil e agora estão conquistando outros países. “Já fomos para Argentina, Uruguai, Chile e, no dia 18 de julho, será Equador. Nas viagens, sempre registramos histórias bonitas e interessantes. Inclusive já cantamos juntamente com corais de outros países”, comentou.
Ela acrescenta ainda que o grupo sempre busca representar bem não só o Senado Federal, mas também o país. “Através da música brasileira levamos alegria e conhecimento da cultura do Brasil. É contagiante”, destacou.
O servidor aposentado José Soares Silva está entre os primeiros do Coral. Segundo ele, o que mais encanta no grupo é a integração, que une tanto servidores ativos quanto aposentados, sem deferência. Soares parabeniza o Sindilegis por apoiar essa iniciativa tão importante.
“O servidor precisa mostrar que o Senado não faz apenas leis, mas também é cultura. A Casa nos dá esse apoiamento, assim como o Sindilegis. Parabenizo a Diretoria do Sindicato por vir nos dando esse suporte financeiro, muito importante para continuação do trabalho do nosso Coral do Senado”, enalteceu.
Já o analista de Informática do Senado José Humberto Borges, que está no Coral há dois anos e meio, disse que sempre teve interesse pela música, mas devido às atividades rotineiras não sobrava tempo para se dedicar. Foi então que ele decidiu ingressar e teve uma grata surpresa: a música passou a auxiliar no seu dia a dia de trabalho. “A música interfere no cotidiano, no seu bom humor. Foi muito bom entrar no Coral, mas foi difícil achar um tempo, pois a música requer treino e dedicação”, assegurou.
O Coral do Senado é aberto a todos os servidores, até mesmo aqueles que não têm experiência com canto. Segundo a maestrina, para ingressar, basta ter disponibilidade para os ensaios e o restante é adquirido ao longo dos treinos.
“O Senado demanda muita excelência, pelo peso da Casa, pelo peso de nós sabermos que representamos o Brasil e temos que ter um trabalho mais elaborado possível para o nosso país. Nosso sucesso é fruto de muito trabalho, muito suor e muito estudo”, explica Glicínia Mendes.