“Tenho orgulho em ter contribuído com os principais projetos de informatização do Senado”, afirma servidor que completa 45 anos no Prodasen

De estagiário a servidor, Marcelo Souto Abrantes construiu uma carreira na Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado Federal e deixou um legado inspirador

Em tempos de invasões e espionagens sofisticadas, manter sistemas de informação e segurança modernos e atualizados é imprescindível para conter ataques de hackers. Diante dessa realidade, equilibrar a possibilidade de acesso legítimo aos dados públicos ao mesmo tempo em que protege o ambiente virtual de ameaças é um desafio que Marcelo Souto Abrantes, servidor do Senado, transpõe diariamente, ao longo de 45 anos – tempo que se dedica com primor ao trabalho na Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado Federal (Prodasen) como Analista de Rede e Segurança.

Ao lado da família, em 1972, Abrantes deixou o “coração do Rio Grande”, a cidade de Santa Maria, e partiu de mudança para a capital do Brasil. O menino logo iniciou o curso de Engenharia Mecânica na Universidade de Brasília (UnB) e não tardou a começar em um novo emprego. Em 1976, tornou-se estagiário de programação do Prodasen, aos 19 anos. Hoje, aos 65 anos, comemora 45 deles vividos no Prodasen, entre mainframes, redes de computadores, tecnologias de informação e sistemas de segurança de dados.

O Prodasen, então Centro de Processamento de Dados do SF, nasceu em 1972 para ser o órgão responsável pelo processo de informatização e modernização tecnológica do Senado Federal. A ideia era desenvolver um centro de computação de grande porte ligado ao Congresso Nacional. A Secretaria ainda engatinhava quando Abrantes se uniu à equipe que tinha a missão de adquirir os recursos e as tecnologias necessárias para a melhoria da eficiência e eficácia do processo legislativo, além de criar as condições necessárias para que o Congresso pudesse formular políticas públicas, participar da supervisão do Executivo e do processo de modernização do Legislativo e de sua administração interna.

“Quando comecei, há 45 anos, nós mesmo tínhamos que desenvolver programas e criar alternativas que ainda não existiam no mercado. Em certa época, nem mesmo internet nós tínhamos. Precisávamos entender o processo e nos adequar. Havia uma grande dificuldade, pela falta de recursos tecnológicos, sobretudo se compararmos ao que é oferecido hoje. Mas isso não nos limitava, pelo contrário, encorajava. Precisávamos realizar o trabalho e ele era feito com qualidade, e conseguíamos dar mais um passo para a modernização da Casa”, explicou o servidor.

Certamente, o garoto de 19 anos que chegou para o seu primeiro dia de trabalho não imaginaria que, hoje, brindaria seus 45 anos de serviço prestado ao Senado Federal e veria os projetos que ajudou a implementar consolidados e sendo utilizados tão naturalmente. Abrantes se orgulha em contar a sua história e perceber que é parte fundamental no processo de automação, modernização e aperfeiçoamento das atividades legislativas. “Me orgulho de ter participado da implementação de um novo sistema de votação no plenário das Casas, com painéis eletrônicos; de ter chefiado a equipe que efetivou a primeira rede de computadores do Senado; ter contribuído para os trabalhos da Assembleia Geral Constituinte; e ter ajudado a levar a tecnologia para o dia a dia da Casa”, disse.

Mesmo com tantos projetos realizados, Marcelo consegue escolher aquele que guarda um carinho especial: a implementação de segurança de dados. Foi ele o primeiro que a pensar na necessidade de manter um antivírus ativo e atualizado para evitar acesso indevido e ameaças. “Surgem milhares de novos vírus diariamente. Então é um trabalho desafiador, que exige rapidez de reação, proatividade, atenção e perspicácia para entender o que surge novo e combater imediatamente. Caso contrário, não será possível manter os dados seguros”, garantiu.

Aos 65 anos de idade, e já com a possibilidade de aposentaria, Abrantes é categórico em dizer: “de maneira nenhuma. Tenho experiência, conhecimento e vontade de continuar o meu trabalho em benefício do Senado e do Prodasen. Tenho orgulho em ter feito parte dos primórdios do órgão, e tenho ainda mais orgulho em ser capaz de querer e buscar fazer ainda mais pela modernização do Congresso Nacional”.

Com propriedade de quem conhece cada canto do espaço que passou os últimos 45 anos de vida e conviveu com inúmeros colegas, ele não se furta em dar a receita do sucesso do órgão. “O Prodasen sempre teve uma equipe aguerrida, competente e que se motiva. Existe muito amor e orgulho pelo trabalho que realizamos”.

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