Servidora da Câmara se destaca pelas melhorias implementadas inicialmente na área de tecnologia e, posteriormente, em planejamento, trazendo resultados ímpares para o cidadão
A história da servidora Patrícia Almeida começa no Rio Grande do Norte, mas tem Brasília como o grande plano de fundo para as conquistas coletadas. Em 1994, ainda como funcionária da Caixa Econômica, Patrícia chegava na capital federal. À época, trabalhava com telecomunicações, mas logo entrou para a equipe de Tecnologia da Informação.
A oportunidade de entrar na Câmara dos Deputados surgiu no ano 2000. “Fiz o concurso em 1989 e só em 2000 fui chamada. Já entrei como analista de informática para trabalhar com redes de computadores. Com seis meses, tinha assumido a coordenação da rede de dados da Câmara. Em 2004, passei a ser responsável pela infraestrutura e montagem do primeiro DataCenter da Câmara dos Deputados”, relembra.
Em 2009, Patrícia recebeu um convite que mudou radicalmente sua trajetória. Ela, que sempre atuou em telecomunicações e tecnologia da informação, passaria a atuar na área de planejamento. Como qualquer mudança, o início foi difícil, conta. Mas foi graças a essa mudança que Patrícia acabou ganhando outro olhar sobre o trabalho. “Consegui ver as coisas com uma visão mais sistêmica, onde aquele valor estava sendo entregue para a sociedade. O serviço público é a voz e o braço que precisa acolher o cidadão. Então isso exige de nós uma empatia muito maior.”
Coordenadora de inovação, governança e estratégia digital da Câmara dos Deputados, Patrícia esteve à frente da implementação do plenário virtual no período da pandemia. Com o parlamento digital, a produtividade do trabalho parlamentar foi preservada, com aumento no total de propostas aprovadas em comparação ao mesmo período do ano passado, de 56 para 90 itens.
Atualmente, Patrícia lidera um grupo que troca experiências entre 25 parlamentos em todo o mundo. O objetivo é tornar a casa legislativa mais aberta, interativa e com a autonomia do parlamentar, apesar da complexidade do processo legislativo e de ordenamento jurídico, mantendo a transparência, a participação popular, enfim, a democracia.
Assim como o colega da Câmara Jairo Brod, que também foi homenageado pelo “Gente que Inspira”, Patrícia resume o servidor público com a palavra “empatia”. “É uma responsabilidade sem tamanho. Nós, servidores, usamos nosso conhecimento – seja qual for a área – para aplicá-lo para ajudar o próximo. No meu caso é a tecnologia, mas poderia ser direito, jornalismo… Acho que nunca devemos esquecer que o cidadão está ali para receber um serviço que você decidiu por ele. É uma enorme responsabilidade”.
