Segunda edição das Quintas Musicais acontece ao som tipicamente brasileiro de Dudu Maia e Regional, quarteto de Chorinho

Na tarde do último dia 21, no auditório do anexo III, os servidores do TCU se deleitaram com o ritmo genuinamente brasileiro e nostálgico do Chorinho de Dudu Maia e Regional. A apresentação do quarteto impressionou o público pelo talento e pelo domínio da técnica demonstrados pelos intérpretes.

O evento compôs a segunda edição do “Quintas Musicais”, projeto cultural de iniciativa da ASTCU em parceria com o Sindilegis, com a Auditar e com o Banco Alfa. Integram o grupo: Dudu Maia(bandolim), Breno Alves(pandeiro), Dudu Sete Cordas(violão de sete cordas) e Pedro Vasconcellos(cavaco).

Para a exibição na Casa, os instrumentistas selecionaram um repertório especial, inspirado nos maiores compositores da música brasileira, tais como: Nelson Cavaquinho, com “Caminhando”; Orlando Silveira, com “Perigoso”; Jacob do Bandolim, com “Vibrações”; Ernesto Nazareth, com “Brejeiro”; Pixinguinha, com “Seu Lourenço no Vinho”, entre outros. Além disso, Dudu Maia apresentou canções autorais: “Coré Coré” e “Saruê Bengala”.

Enquanto tocavam, Dudu Maia e Pedro Vasconcellos conversavam com o olhar. Em outros momentos, a sensação de quem assistia ao espetáculo era a de que o grupo “incorporava” as canções, devolvendo ao público interpretações intimistas. Breno Alves revelou sua devoção à música ao reinventar ritmos com suas poderosas mãos ao pandeiro. Dudu Sete Cordas demonstrou uma técnica inquestionável. O conjunto também improvisou com a música “Tico-Tico no Fubá”, de Zequinha de Abreu, recebendo aplausos entusiasmados. Dudu Maia ainda brincou com a plateia enquanto os músicos afinavam seus instrumentos. “Minha mãe disse que é mais bonito afinado”, afirmou.

Ao término da apresentação, o bandolinista destacou que “a ação da ASTCU em oferecer música aos servidores é maravilhosa. Traz um benefício cultural e pessoal enorme”. Ele disse também que foi gratificante realizar seu trabalho em um ambiente propício, com profissionais qualificados e com equipamentos adequados. “Tocamos em nossa plenitude. Quem sabe voltaremos para fazer um show acústico aqui neste mesmo auditório!”, insinuou.

Avaliação do Choro no Brasil

O Choro é uma música genuinamente brasileira que abrange vários ritmos e que requer grande habilidade para a improvisação. “O Chorinho brasileiro é a ‘mãe’ da MPB. É uma forma nostálgica e melosa de se expressar”, definiu Dudu Maia. No dia 23 de abril, comemorou-se o Dia Nacional do Choro, em homenagem a Pixinguinha, nascido nessa data e referência do gênero no Brasil. “Trouxemos ao TCU um conjunto musical que reúne, entre outros, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim e composições autorais para mostrar os caminhos dessa música que, apesar de ter mais de 100 anos, continua sendo executada e reinventada”, avaliou o musicista.

O Clube do Choro em Brasília

Fundada em Brasília, no final dos anos 1990, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello foi a primeira do gênero do Brasil. E, ao longo do tempo, formou muitos profissionais que hoje vivem da música e compartilham essa carga cultural com outros países. Diante do sucesso da iniciativa, criou-se, a partir de 2004, o Espaço Cultural do Choro, sede da Escola de Choro e do Clube do Choro.

Carreira internacional

Dudu Maia possui uma carreira consolidada nos EUA. Recentemente, esteve em uma turnê, de oito shows, que passou por vários estados norte-americanos. No próximo mês, ele embarca para a Califórnia, onde representará o Brasil no Mandolin Symposium, encontro que reúne renomados bandolinistas de todo o mundo para aperfeiçoamento profissional. Na ocasião, o músico também ministrará aulas. Além disso, coordena, há cinco anos, o Centrum Choro Workshop, maior evento dedicado ao Choro nos EUA. Quem atua com ele no exterior são dois musicistas de São Paulo: Douglas Lora e Alexandre Lora. Eles integram o Trio Brasileiro e já lançaram dois discos em terras norte-americanas. O conjunto também gravou com Anat Cohen, renomada clarinetista israelense que reside em Nova York há vinte anos.

Encerrado o evento, o presidente da ASTCU, Alison Souza, conclamou os servidores a participar das próximas atrações culturais, cujo intuito é promover a interação e o bem-estar no ambiente de trabalho.

*Texto: Milena Abrahão – Assessoria ASTCU

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