Iniciativa reúne mesmo grupo que apoia movimento em defesa da Previdência Social
Na manhã desta quarta-feira (3), no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, o Sindilegis prestigiou o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Tributária Solidária. A iniciativa reúne o mesmo grupo que apoia a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social.
Estiveram presentes parlamentares, como os senadores Paulo Paim (PT-RS) e Zenaide Maia (Pros/RN), a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), além de dirigentes de entidades sindicais – o Sindilegis representado pela diretora Magda Helena –, servidores e membros da sociedade civil.
A deputada Alice Portugal, que irá comandar os trabalhos da Frente da Reforma Tributária, afirma que a iniciativa pretende fomentar o debate em torno de uma proposta de reforma tributária comprometida com a construção de um modelo efetivamente progressivo que proporcione desenvolvimento econômico e redução das desigualdades visando aprimorar o Sistema Tributário Brasileiro.
A diretora Magda Helena explicou que, nesse momento, a reforma tributária é a questão mais urgente e importante a ser tratada no Brasil. “Não é uma pauta fácil, mas a mais importante que temos a enfrentar”, apontou.
Já para Paulo Paim, que coordena os trabalhos da Frente Parlamentar da Previdência, “sem uma reforma tributária justa e equilibrada, não veremos o Brasil voltar a crescer nos próximos anos”. As duas Frentes prometeram trabalhar em conjunto e seguindo estratégias semelhantes para resguardar os direitos dos cidadãos brasileiros.
Palestra com economista
A doutora em economia e professora Denise Gentil ministrou, em um segundo momento, palestra sobre os resultados de um estudo sobre o modelo atuarial do Regime Geral da Previdência. Ela ainda discutiu os impactos da exclusão social da PEC 6/2019. De acordo com a especialista, a reforma previdenciária não combate privilégios e só visa a desconstitucionalizar toda a proteção social.
“Se o Governo quisesse mesmo combater ‘privilégios’ não usaria a Previdência como estratégia e sim a reforma tributária. O que o projeto quer é desconstitucionalizar toda a proteção social. Sem segurança jurídica, as pessoas irão trabalhar sem perspectiva de se aposentar”, afirmou.