Nesta terça-feira (7), bandeiras do Sindilegis pedindo a recomposição salarial dos servidores voltaram a ser erguidas, em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados, como forma de protesto pela defasagem salarial da categoria, que já beira 36% de perdas inflacionárias.
As mobilizações retornam em meio a uma declaração do presidente Jair Bolsonaro, feita nesta terça-feira, em que afirma que não haverá aumento salarial para servidores públicos em 2022. “Então, eu lamento. Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para servidor no corrente ano”, afirmou.
O Governo analisava a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5%, porém, o Sindilegis já havia manifestado descontentamento quanto à proposta, tendo em vista a perda do poder de compra dos servidores e que o último reajuste foi concedido no último plano de carreira, em 2017.
Para o presidente do Sindilegis, Alison Souza, os servidores não devem sentir vergonha de lutar pela recomposição, pois ela é justa e de direito. “Temos que sentir vergonha é da fome que assola o país, do desmatamento recorde na Amazônia, de um sistema tributário falho. Não temos que sentir vergonha de lutar pelo nosso direito à recomposição salarial. Isso é digno e justo para quem trabalha e produz pelo país”, disse.