Sindilegis reúne-se com representantes de organizações americanas para tratar sobre ataques ao Congresso brasileiro

Os atos antidemocráticos de 8 de janeiro deixaram o Brasil e o mundo estarrecidos. Para refletir sobre os ataques às sedes dos poderes brasileiros, o Sindilegis tem participado de encontros virtuais com representantes do Capitol Strong, uma coalizão de organizações da sociedade civil dos Estados Unidos, que trabalha para fortalecer e investir na instituição do Congresso e nas pessoas que lá atuam. A ideia é realizar uma cooperação bilateral entre os países.

Durante os encontros, nessa quarta-feira (25) e na sexta-feira (20), os participantes discutiram a construção de uma parceria internacional para fortalecer o Estado democrático de direito e encontrar soluções para dar suporte aos servidores atingidos pelos ataques. Entre as ideias, está a realização de reuniões e webinares para os colaboradores da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil.

O Sindilegis repudiou os atos e tem atuado para reduzir os danos causados aos servidores das Casas Legislativas. O presidente, Alison Souza, garantiu que a entidade atuará, sempre, para a manutenção da democracia e na defesa dos servidores. “Vivemos um momento de turbulência muito forte, de extremismo, que não faz bem a nossa democracia, ao nosso povo, e que atrasam o nosso desenvolvimento e as nossas conquistas. O dia 8 de janeiro deixará marcas. É importante que Brasil e EUA estejam de mãos dadas para impedir que esses atos não encorajem movimentos semelhantes. O apoio de vocês, que já passaram por algo semelhante, é fundamental”, disse.

O ex-deputado norte-americano Brian Baird traduziu o sentimento de todos diante dos ataques ao Congresso. “Estamos solidários ao Brasil e aos brasileiros e estendemos nosso apoio e preocupação com tudo o que aconteceu. Estamos horrorizados”.

Com propriedade de quem vivenciou invasão semelhante, os representantes do Capitol Strong ofereceram apoio aos servidores atingidos, que se viram acuados, em situação de risco e com seus ambientes de trabalho invadidos. “Precisamos mostrar que essas pessoas que foram atacadas não estão sozinhas. Estamos prontos para ajudá-los de qualquer maneira possível. Esse trauma não desaparece de uma hora para outra. Oferecemos o nosso apoio e queremos ser parte desse processo de recuperação”, afirmou Marci Harris, CEO da PopVox e funicionária do congresso americano.

Além dos representantes americanos, estiveram presentes no encontro o CEO da Bússola Tech, Luís Kimaid, que intermediou a reunião, os diretores do Sindilegis Pedro Mascarenhas e Evaldo Araújo, a diretora de comunicação do Senado, Érica Ceolin, o jornalista da Câmara Lincoln Macário, e o presidente da Conacate, Antônio Carlos.

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