Sindilegis reúne-se com representantes de organizações norte-americanas para tratar sobre os ataques ao Congresso brasileiro

O atos antidemocráticos de 8 de janeiro deixaram os brasileiros e todo o mundo estarrecidos. As invasões e depredações das sedes dos poderes brasileiros causaram indignação e receio pelos ataques à democracia e aos servidores públicos, que enfrentaram os manifestantes golpistas. Para refletir sobre os ataques ao Congresso brasileiro e realizar uma cooperação bilateral entre Brasil e Estados Unidos, que também sofreram com ataques ao centro legislativo, o Sindilegis participou nesta sexta-feira (20) de um encontro virtual com representantes do Capitol Strong, um coalizão de organizações da sociedade civil estadunidense, que trabalha para fortalecer e investir na instituição do Congresso e nas pessoas que lá atuam.

O objetivo do encontro foi pensar na construção de uma parceria internacional entre organizações amigas do Congresso brasileiro e americano para fortalecer o Estado democrático de direito e encontrar soluções para dar suporte aos servidores públicos atingidos pelos ataques deste mês. O objetivo é justamente pensar em possíveis reuniões e webinares públicos para os servidores da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil.

Representante legítimo dos servidores públicos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o Sindilegis repudiou os atos antidemocráticos e, desde então, tem atuado para contribuir na redução dos danos causados aos servidores públicos das Casas Legislativas. Durante o encontro, o presidente do sindicato, Alison Souza, garantiu que o Sindlegis atuará, sempre, de maneira ativa na manutenção do Estado democrático de direito e na defesa dos servidores públicos e pediu união entre Brasil e Estados Unidos para que ataques como os que aconteceu no Capitólio e no Congresso brasileiro não se repitam.

“Experimentamos aqui um momento de turbulência política muito forte, de extremismo, que certamente não faz bem a nossa democracia, ao nosso povo, e que atrasam o nosso desenvolvimento e as nossas conquistas. O dia 8 de janeiro deixará marcas. É importante que Brasil e EUA estejam de mãos dadas para refutar tudo o que aconteceu, e para impedir que esses atos não encorajem movimentos semelhantes. Precisamos defender a nossa democracia; precisamos resgatar o bom sentimento; e precisamos atuar para reduzir os traumas que tenham ficado. O apoio de vocês, que já passaram por algo semelhante, é fundamental”, disse Alison.

O ex-deputado norte-americano Brian Baird também participou do encontro e traduziu o sentimento de todos diante dos ataques ao Congresso do Brasil. “Estamos solidários ao Brasil e aos brasileiros e estendemos nosso apoio e preocupação com tudo o que aconteceu. Estamos horrorizados”.

Com propriedade de quem vivenciou invasão semelhante, os representantes do Capitol Strong ofereceram apoio aos servidores atingidos, que se viram acuados, em situação de risco e com seus ambientes de trabalho invadidos. “Precisamos mostrar que essas pessoas que foram atacadas não estão sozinhas. Estamos prontos para ajudá-los de qualquer maneira possível. Esse trauma não desaparece de uma hora para outra. Oferecemos generosamente nosso apoio. E disso que seria interessante realizar conexões para que possamos ajudar na recuperação e prestar nosso apoio aos que foram afetados, aos policiais, por exemplo. Queremos ser parte desse processo de recuperação”, afirmou Marci Harris, servidora do congresso americano.

Ao fim do encontro, ficou definido que uma nova reunião irá definir ações concretas que serão realizadas entres os representantes da delegação brasileira e norte-americana para dar o suporte, sobretudo psicológico, aos servidores atacados durante as invasões. Além dos representas americanos, estiveram presentes no encontro o diretor do Sindilegis Pedro Mascarenhas, a diretora de comunicação do Senado Federal, Érica Ceolin, o jornalista Lincoln Macário, e o presidente da Conacate, Antônio Carlos.

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