Homenageado pelo prêmio “Gente que Inspira 2020” do Sindilegis, o servidor do Senado relembra o momento decisivo para que a Casa mantivesse suas atividades remotamente
Eis que veio a pandemia. Em março de 2020, os estabelecimentos não só do país, mas de todo o mundo, se viram obrigados a fechar as portas por causa do contágio do coronavírus. Mas o Senado Federal não podia parar. Era preciso votar pautas importantes para o povo brasileiro.
A solução tinha que ser rápida. Em menos de 48 horas, a equipe da Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado – Prodasen –, liderada pelo servidor Alessandro Albuquerque, buscou e encontrou alternativas para manter o Legislativo Federal a pleno vapor. Os senadores estavam conectados e as votações transcorreram normalmente.
“Quando iniciamos o trabalho remoto, buscamos uma plataforma digital cuja aplicabilidade se encaixava melhor na dinâmica do Processo Legislativo Federal. O Prodasen desenvolveu o painel eletrônico de Comissões, mas o painel do Plenário foi comprado por uma empresa que há muitos anos presta serviço para o Senado. Ela já possuía uma solução de votação remota. Avaliamos e adquirimos”, relembra.
Na opinião do servidor, o diferencial foi a gestão, a liderança e, principalmente, o espírito de equipe: “Foi preciso avaliar o cenário, não ser conservador quando não era para ser, ser ousado e organizar toda a dinâmica para dar certo, desde os primeiros passos, definir quem iria desenvolver os projetos, eliminar burocracia e, principalmente, mobilizar as pessoas para aquela ação”.
“E todos estavam no esquema de teletrabalho. Fomos buscar junto à Microsoft a possibilidade de licenciamento temporário, como ferramentas de colaboração, flexibilização do acesso remoto à rede, manuais, enfim, tudo para que os servidores pudessem trabalhar e fazer a Casa funcionar em praticamente 48 horas remotamente”, complementou.
O presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, se orgulha pela equipe do Senado e a valoriza por meio do prêmio “Gente que Inspira”: “Apesar de tantos desafios, o Alessandro e toda a sua equipe demonstraram empenho e dedicação para com o país, para com o cidadão. Eles nos inspiram e é por isso que homenageamos os colegas da TI pelo excelente trabalho”.
Na opinião do Alessandro, ser servidor público é uma missão: “O servidor deve se ver como quem está atrás do balcão, sempre tendo em vista a sua frente um cidadão que tira do pouco da sua renda, na maioria dos casos, para fazer o Estado funcionar. Por isso ele merece toda a nossa atenção. É algo sagrado e gratificante”, conclui.
Quem é Alessandro Albuquerque?
Ele tem apenas 45 anos e já foi servidor efetivo do Ministério Público da União (MPU), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Supremo Tribunal Federal (STF) e conta com uma breve passagem no Tribunal de Contas da União. Está no Senado Federal desde 2009 e metade desse período está como Diretor do Prodasen, sendo o segundo mais longínquo a ocupar o cargo, perdendo apenas para o servidor Eduardo Jorge Pereira.
Nascido em Taguatinga /DF, é filho de migrantes nordestinos que acabaram se tornando na capital federal uma família de servidores públicos: o pai, no Ministério do Exército; e a mãe, na Secretaria de Saúde do DF. É casado com a nutricionista Suziane, que também é do GDF. O irmão mais novo também trabalha no serviço público, no TJDFT. Tem duas filhas: a Olívia, de 7 anos; e a Lara, de 5.
Formou-se em Ciência da Computação em 2000 pela Universidade Católica de Brasília. Antes da formação acadêmica, já era técnico em eletrônica desde os 16 anos e, desde novo, nutria admiração pela área de informática e de tecnologia da informação. Sempre atuou nesse ramo, desde estagiário em técnico de informática a analista de sistema como desenvolvedor de software em empresas privadas, como a Politec, Xerox Brasil, Agência Clic, antes de se tornar servidor.
É músico, toca bateria e faz parte de uma banda de rock alternativo. Ultimamente, está se aventurando em aprender novas línguas, como russo e alemão.
Confira o vídeo do Alessandro, clicando aqui.