Candidata à deputada distrital, Adriana Faria defende manutenção do concurso público como forma mais legítima de compor quadros do governo

Em mais uma entrevista que compõe a série especial para as eleições de 2022 do Café com Política, a candidata à deputada distrital Adriana Faria, que concorre ao cargo pelo Patriota, foi recebida na sede do Sindilegis, nessa segunda-feira (19), para discutir propostas e plano de mandato.

Adriana participou das últimas eleições, em 2018, como candidata à deputada federal. Conseguiu quase nove mil votos e foi a oitava mulher mais bem votada no DF para o cargo. Servidora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal desde 1995, Adriana tem a defesa e manutenção do concurso público como uma de suas principais bandeiras: “O servidor efetivo, concursado, preserva a continuidade dos trabalhos e acredito que seja a forma mais legítima, democrática e íntegra de se compor os quadros do governo”.

A redução do número de cargos comissionados terceirizados também foi abordada na entrevista. Questionada, Adriana pontuou que “exatamente pela lógica do concurso, quando uma grande quantidade de trabalhadores é empregada de maneira externa, nem sempre se é capaz de garantir a eficiência necessária nos serviços prestados, principalmente por falta de conhecimentos técnicos de eventuais indicados políticos. “Eu defendo mesmo a redução de cargos comissionados para servidores externos. A gente precisa redirecionar esses cargos para servidores efetivos que já conhecem toda a história do órgão, que têm mais condições de exercer um bom trabalho, pois a terceirização não pode abranger as atividades típicas do Estado. Precisamos preservar isso para concurso público e servidores efetivos”, avaliou.

Ainda em relação ao serviço público, Faria também defende a necessidade de políticas que promovam a valorização e a qualidade de vida dos servidores: “No panorama do GDF, temos um prejuízo de cerca de R$ 500 milhões, por ano, com o absenteísmo. E aí perdemos com a falta de atendimento às pessoas. Nenhuma política pública é entregue à população sem passar pelo servidor, então é importante que cuidemos da integridade física e psicológica dessas pessoas para que possamos garantir a efetividade dos serviços prestados. Qualidade de vida é a seguinte matemática: bem-estar = produtividade. E no serviço público não pode ser diferente”.

Com parte de sua atuação política dedicada a questões sociais, com passagem pela Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, como subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes, e com parceria com a Secretaria da Mulher para implementação do Programa de Combate ao Assédio Moral e Sexual, Adriana também trabalha para reduzir a desigualdade de gênero, na defesa de crianças e adolescentes e pelos diretos das pessoas com deficiência. “São temas que a gente precisa tratar e precisa tratar como sociedade. Implementar debates, discutir essas temáticas e colocar políticas públicas efetivas nessas áreas são compromissos meu”, garantiu.

Ao concluir sua entrevista, Adriana Faria, que já foi sindicalista, falou sobre a necessidade dos servidores públicos se envolverem com política. “É como dizem o Alison e o Costa Neto, presidente do Sindilegis e coordenador-geral do Sindjus-DF, o sindicalismo de verdade se envolve com a sociedade e seus temas para fortalecimento da democracia”, concluiu.

Confira o vídeo da entrevista completa abaixo:

Compartilhe:

Veja também: