“Como não ser um babaca” ganha segunda edição e apoio de parlamentares no Dia Internacional das Mulheres

Para este ano, o livro traz algumas novidades: novas frases, a possibilidade de outras empresas interessadas abordarem a temática e o envio de forma anônima da obra

Um dia antes da celebração do Dia das Mulheres, no dia 7 de março, a ONU lançou dados alarmantes: são necessários 300 anos para que se atinja a equidade entre homens e mulheres. São anos marcados por violência, assédio, desrespeito, falta de oportunidades, brincadeiras que não têm graça alguma. Para lançar luz a todos esses problemas, o Sindilegis decidiu que era preciso recolocar em discussão a pauta sobre a babaquice contra mulheres.

Por esse motivo, na terça-feira (8), dezenas de cópias do “Como não ser um babaca”, publicação exclusiva do Sindilegis que acaba de ganhar sua segunda edição, foram entregues nas dependências da Câmara dos Deputados e no plenário do Senado Federal, local onde ocorreu uma sessão solene em homenagem às mulheres com a presença de diversos senadores, deputados e da primeira-dama, Janja Lula da Silva.

Parlamentares como Leila do Vôlei (PDT-DF), Duda Salabert (PDT-MG), Zenaide Maia (PSD-RN), Ivete Silveira (MDB-SC), Fabiano Contarato (PT-ES), Paulo Paim (PT-RS), Humberto Costa (PT-PE) e Soraya Thronicke (União-MS), bem como a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, abraçaram a causa e usaram o pin do “Como não ser um babaca”. Elas também receberam o livro das mãos do Sindicato.

A primeira-dama foi agraciada com o pin da campanha “Como não ser um babaca” e reforçou em seu discurso que seu trabalho será pautado em mais oportunidades para mulheres: “Quero dizer que o meu compromisso com o aumento da representação das mulheres na política é permanente e faz parte do meu dia a dia. Também serei aliada incondicional nas ações contra a violência de gênero na política”.

Novidades da edição 2023

Esta edição conta com uma série de novidades. Uma delas é o prefácio, assinado pela apresentadora e jornalista Astrid Fontenelle, que atualmente está no ar na nova edição do programa “Saia Justa”: “Já pensou se houvesse um contador de homens babacas? O babacômetro estaria explodindo”, ela fala.

A apresentação ficou por conta da jornalista e influenciadora Silvia Ruiz, ex-repórter da Folha de S. Paulo e criadora da plataforma Ageless, no portal UOL, e da hashtag #Issoé50. “Mais do que nunca, o momento exige coragem de todos e todas nós e lançarmos um livro com este conteúdo é desconstruir tabus, é colocar luz sobre os problemas que tantas de nós passamos todos os dias – e muitas vezes nem sabemos que é abuso”, reforça.

A diretora de comunicação do Sindilegis, Elisa Bruno, explica que o tema não pode ser ignorado pelas entidades representativas. “O Sindilegis quer ser mais do que o sindicato dos servidores da Câmara, do Senado e do TCU. Quer ser uma instituição inserida nos debates atuais, que possa fazer a diferença na vida nas pessoas, que seja referência em assuntos que impactam toda a sociedade. Falar sobre equidade de gênero, respeito às mulheres ou qualquer outro assunto que nos insira é urgente, imperativo e um dever de cada um de nós”.

Amiga oculta
Uma das novidades para 2023 é a proposta chamada “Amiga Oculta”, que acontece por meio da plataforma www.naosejaumbabaca.com.br. Por lá, você pode indicar e compartilhar o livro de forma anônima, seja para colegas de trabalho, seja para parentes ou conhecidos.

Novas frases
Esta versão traz um novo capítulo que cita, por exemplo, fala recente em reality show com audiência de mais de 150 milhões de brasileiros: “Já, já, vai tomar umas cotoveladas na boca”. Assim como a frase dita em 2014, dentro do Congresso Nacional: “Ela não merece ser estuprada porque ela é muito feia. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar porque não merece”. Frases de homens como Millôr Fernandes, Nelson Rodrigues, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Chico Anysio não escaparam da segunda edição do livro.

Open source
Para potencializar o movimento contra o machismo, o Sindilegis também irá oferecer a versão open source do guia ‘Como não ser um babaca’ 2023. Empresas e organizações interessadas em abordar a temática podem ter acesso ao arquivo aberto e inserir sua marca, desde que creditem o Sindicato. Uma das instituições que já aderiu à iniciativa é o Sebrae Nacional, que divulgará os conteúdos para mais de sete mil colaboradores.

Roda de conversas sobre o assunto
Na noite do dia 7 de março, o Sindilegis promoveu o lançamento oficial do “Como não ser um babaca” e ofereceu um coquetel que contou com a presença de diversas autoridades, parlamentares, servidores e membros das entidades sindicais.

O ponto alto da noite foi a Mesa de Conversa para debater o tema, que contou com a presença da diretora-geral do Senado, Ilana Trombka; a ilustradora do livro, Natália Carneiro; a editora do livro, Marcela Studart; e a diretora do Sindilegis, Elisa Bruno. Trombka, inclusive, passou em todas as mesas e questionou quais políticas e ações os convidados tinham para trazer mais oportunidades de equidade de gênero à sociedade. “A verdade é que nós sempre lutamos por questões coletivas porque entendemos que os direitos das mulheres são direitos humanos”, reforçou.

Confira as fotos do evento aqui.

Baixe agora!
Em comemoração ao mês da mulher, o e-book está disponível para download gratuito na Amazon em março. A versão impressa também poderá ser adquirida na plataforma www.naosejaumbabaca.com.br

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