Em partida eletrizante, seleção da Polícia Militar e Federal conquista primeiro lugar em torneio de futebol contra a corrupção

Em meio ao clima competitivo e movido pelo esporte que todo o País vem absorvendo nas últimas semanas com os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, a Ascade foi palco, na noite da última quinta-feira (11), para a final do I Torneio de Seleções de Futebol Masters “Servidores Unidos Contra a Corrupção”, disputado entre as seleções da Polícia Federal e Militar, e da Câmara dos Deputados (Ascade).

Apesar de uma partida acirrada, tendo em vista o preparo físico de ambas as equipes, o time da Polícia acabou levando a melhor, com um placar de 4×2. A grande final foi disputada em dois tempos de 40 minutos cada, e contou com narração e locução profissional de Dudu Domingues durante todo o jogo. Os atletas perfilaram pelo campo society antes de decidirem no cara e coroa quem daria início à partida.

No primeiro tempo, a Polícia Federal e Militar abriu o placar aos quinze minutos. Em lances rápidos, muito pique e entradas perigosas, os jogadores de ambas as equipes não perderam o fôlego e mantiveram a torcida vidrada em cada lance.

O campeonato é uma realização da Seleção do TCU, que contou com o apoio do Sindilegis, da ASTCU, da Assefe, da Ascade e da Associação dos Servidores da Polícia Federal do Distrito Federal (Diref). Ao todo, foram disputados 13 jogos, de 40 minutos cada, em duas etapas nos campos da Ascade e da Diref, entre os meses de julho e agosto, sempre às quintas-feiras à noite e aos sábados pela manhã. Ao total, cerca de 120 servidores acima de 40 anos da Câmara dos Deputados, do Tribunal de Contas da União, do Senado Federal e da Polícia Federal em conjunto com a Militar participaram da competição esportiva, que contou com o mote de combate a fraudes e desvios de recursos públicos. 

Jogadores empenhados

Para o capitão e técnico do time da Câmara dos Deputados, Marcos Mariano, que ocupa o cargo de policial legislativo federal na Casa há 21 anos, o campeonato cumpriu com o objetivo de reunir servidores em prol de uma causa tão em voga no momento. “Nós fomos campeões invictos no primeiro turno e garantimos antecipadamente a vaga na final. No segundo turno, ganhamos dois jogos e perdemos um por W.O. O time da Polícia é muito entrosado, jogam juntos há dez anos. Acho que o mais importante nesse torneio é justamente a união, o espírito esportivo saudável e o bem-estar que as partidas trazem para nós”, observa.

Autor dos dois gols da seleção da Câmara, o atacante Piva agradeceu todo o empenho dos jogadores e reforça que continuarão treinando para os próximos desafios: “Vacilamos, né. É final, precisamos ficar atentos do primeiro ao último minuto. Fizemos dois gols, mas infelizmente não deu para o nosso time. Mas futebol é isso. E a equipe está de parabéns, lutamos até o final, corremos muito, demos o nosso melhor. Saímos com a derrota, mas eu queria agradecer todos os jogadores pela partida, não desistimos em nenhum momento e agora é pensar lá na frente”.

O segundo sargento da Polícia Militar, Antônio Carlos de Oliveira Lira, conta que a trajetória do time da Polícia até a final foi dura por estarem em dois campeonatos similares ao mesmo tempo. “Além deste torneio, também estamos no da ABR. Temos duas equipes bastante fortes para conseguirmos bons resultados em ambos os campeonatos. Nós treinamos duas vezes por semana, no CT da Polícia Militar, pela parte da manhã e, aos sábados e aos domingos, participamos de jogos amistosos. Ou seja, nos preparamos bastante para essa partida”, aponta.

Ricardo Barbosa Campos, centroavante e autor do primeiro gol do time da Polícia Federal, explicou que, como a equipe já havia enfrentado a seleção da Câmara no primeiro turno, foi possível traçar uma estratégia para a grande final. “Foi um gol importante. Toda partida em final é tenso, todo mundo fica trabalhando a bola, então abrir o placar e fazendo o primeiro gol força o time adversário a abrir. Nós já havíamos jogado com esse grupo da Câmara, no primeiro turno, e é um time muito bom e bem treinado. O cabeça de aro deles é bom de bola, ex-profissional, então o jogo ficou duro”, explica.

Já Cléber Lacerda, coronel da Polícia Militar e técnico da equipe, explica que a seleção da Polícia se preparou bastante para enfrentar a equipe da Câmara e considera o resultado bastante positivo: “Foi uma final difícil porque o nosso adversário é bastante qualificado, mas o que vale é dentro do campo e acho que conseguimos provar que fomos merecedores do primeiro lugar. É importante esse tipo de iniciativa das associações, combatendo algo que todo mundo no Brasil é contrário, mas o mais importante que vejo é a integração de todas essas instituições, que têm muitas atividades em comum”.

Entrosamento

Um dos organizadores do evento, Alison Souza, que é diretor esportivo e social do Sindilegis e vice-presidente da ASTCU, explica o porquê da realização desse torneio: “Esse evento já era um desejo antigo nosso, principalmente com o mote de combate à corrupção, ainda mais nesse momento e foi uma satisfação enorme, as pessoas participaram, os times vieram, foi uma competição muito bonita, integrando servidores de tantas carreiras. O resultado foi magnífico e sabemos que essa parte do Sindicato de apoiar o esporte, o lazer e os eventos sociais é uma missão importante para nós e continuaremos trabalhando com esse enfoque”.

O vice-presidente do Sindilegis para o Senado, Petrus Elesbão, explicou de que maneira iniciativas como o I Torneio visam melhorias para a população e o país como um todo: “Esse é um evento de vital importância, primeiro pelo mote, que é anticorrupção, aonde todos os servidores precisam estar envolvidos para que possamos exterminar esse câncer que afeta o nosso País e, segundo, é que conseguimos divulgar por meio do esporte e nos unirmos para conseguirmos alcançar esse objetivo em comum, de acabar com a corrupção no Brasil”.

Para a presidente da Ascade, Fátima Mosqueira, receber e apoiar eventos esportivos é uma forma de estender os benefícios que a Associação já traz para os servidores. “Apostar no bem-estar dos servidores e vê-los em um momento em que há o incentivo à prática de esporte, à união e ao companheirismo é um dos melhores retornos que nós, dirigentes de entidades representativas, podemos ter. A Ascade aposta e sempre apostará em eventos desse porte”, revelou.

O presidente da ASTCU, Regis Machado, elogiou o interesse dos servidores pelo Torneio e revelou que a integração entre as carreiras é fundamental para a realização de eventos que busquem o congraçamento e a luta por um bem maior: “Na verdade, viemos nos aproximando cada vez mais da Assefe e da Ascade e, agora, também com o pessoal da Polícia Federal e Militar. Para nós, das associações, quanto mais próximo estivermos, melhor para organizar torneios maiores e melhores, buscando integrar os servidores das três Casas”.

Compartilhe:

Veja também: