Lula e Biden lançam manifesto que reforça demanda do Sindilegis pela implentação da mesa de negociação

Crédito da foto: Ricardo Stuckert.

No manifesto intitulado “Declaração Conjunta Brasil-EUA sobre a Parceria pelo Direito dos Trabalhadores”, os líderes reafirmam o valor e o papel dos trabalhadores em construir, sustentar e avançar suas respectivas nações. Os signatários destacam que os trabalhadores e sindicatos estão “no centro das economias dinâmicas” e desempenham um papel vital na busca por um “mundo saudável e sustentável”.

A declaração sublinha a necessidade de enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas, a pobreza crescente e a desigualdade econômica, colocando os trabalhadores no centro das soluções políticas. Além disso, os líderes abordam a promoção do trabalho digno como um pilar fundamental para atingir a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e seus objetivos.

Lula e Biden expressaram preocupação com os impactos da digitalização e da inteligência artificial no mercado de trabalho. Os presidentes revelaram uma lista de cinco desafios prioritários: proteção dos direitos dos trabalhadores; promoção de ambientes de trabalho seguros e saudáveis; abordagens centradas nos trabalhadores para transições digitais e energéticas; uso da tecnologia para benefício coletivo; e combate à discriminação no local de trabalho, enfocando especialmente grupos marginalizados.

No contexto brasileiro, a iniciativa internacional ecoa demandas de entidades sindicais. O Sindilegis, por exemplo, tem reivindicado a implementação de uma mesa permanente de negociação nas Casas Legislativas, conforme previsto na Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário. “A valorização do trabalhador precisa ir além das palavras. A mesa permanente de negociação é crucial para dar voz aos trabalhadores”, comentou Alison Souza, presidente do sindicato.

A parceria entre Brasil e EUA visa expandir essa agenda para discutir com outros países no G20 e em futuras conferências climáticas, como a COP 28 e COP 30.

A cooperação bilateral sinaliza um reforço no compromisso de ambos os países com o trabalho digno e a justiça social, fortalecendo os laços entre as duas maiores democracias do continente americano.

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