O movimento UNIÃO CONTRA A REFORMA está ganhando cada vez mais força e mais de 80 entidades, entre sindicatos, associações, federações, confederações e a Pública – central do servidor, estão engajadas para combater a PEC 287/2016, que trata do tema.
O Sindilegis e a Pública procuraram o Deputado Chico Lopes (PCdoB/CE), então presidente da Comissão de Legislação Participativa, para abrir espaço na Câmara dos Deputados a fim de reunir as lideranças da sociedade civil para discutir ações de repúdio à Reforma como apresentada ao Congresso Nacional.
A ideia de que o atual texto da Reforma é extremamente danoso a todo o povo brasileiro foi unânime no encontro realizado nesta quarta-feira (11), no plenário 3. Os participantes discutiram estratégias para barrar a PEC 287/2016 e, na próxima segunda-feira (16), se reunirão novamente para dar encaminhamentos às mobilizações.
Segundo o vice-presidente do Sindilegis para o TCU, Eduardo Dodd, o Sindicato quer unir forças para uma campanha de impacto contra o Governo. “É entusiasmante ver esse plenário lotado, pois sei que em conjunto representamos centenas de milhares de pessoas. Isso demonstra que nós temos sim a capacidade de promover uma grande coalizão e brecarmos esse projeto de emenda à Constituição”, declarou.
O diretor do Sindicato na Câmara, Helder Azevedo, ressaltou que este movimento não é exclusivo do Sindilegis e da Pública, mas de todas as entidades e da sociedade em geral. “Esse movimento não tem dono; é do povo brasileiro. Afinal, somos todos atingidos”, argumentou.
Representando a Pública, o diretor Ogib Teixeira também defendeu a consolidação de um discurso único. “Precisamos unir forças e fortalecer nossa tese, para que possamos ir para cima do Executivo”, disse.
Chico Lopes, que conduziu os trabalhos, manifestou total apoio ao Movimento e se disse aberto à expansão dos debates: “Não podemos deixar de lutar, tanto aqui na Câmara quanto lá fora, junto à sociedade”.
Apoio parlamentar
Apesar do recesso parlamentar, também marcaram presença no encontro os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) e Érika Kokay (PT/DF), ambos veementemente contra a proposta. “A luta é desigual. O Governo tem maioria folgada para aprovar a emenda. Basta ver a aprovação tanto na DRU, que ‘leva’ 30% da Seguridade Social, como também na PEC do teto dos gastos”, alertou Arnaldo Faria de Sá.
“Essa emenda vai contra o princípio da não retroação. Além disso, atinge os direitos e garantias individuais. É uma ingerência, inclusive, sobre outros governos”, apontou Kokay.
Durante a reunião também foi aberto espaço para as demais entidades apresentarem sugestões ao movimento.