Sindilegis repudia relatírio do Banco Mundial que defende reforma da Previdência

O Banco Mundial divulgou, há cerca de um mês, um relatírio que aponta a necessidade de dar mais eficiência aos gastos públicos no Brasil. Alguns pontos importantes para analisar o contexto foram anulados. Por conta disso, o Sindilegis repudia que esse importante documento tenha ignorado questões que, de fato, desenham melhor a complexa situação da economia brasileira e estão abaixo listados.ÌâåÊ

Diante dos pontos ignorados pelo Banco Mundial, o Sindilegis aponta que o alto índice de sonegação, as taxas de juros exorbitantes e o perdão de dívidas de grandes empresas e bancos, concedidas pelo Governo, devem ser levados em consideração para desenhar um cenário real.ÌâåÊ

O relatírio aponta a reforma previdenciária como uma solução, nas príximas décadas, para diminuir os gastos com o Regime da Previdência Social. é íbvio que num cenário em que os trabalhadores não conseguirão se aposentar, mas continuarão contribuindo até os seus últimos dias, haverá diminuição de gastos. Parece que essa é a missão do Governo em tentar aprovar, a qualquer custo, a reforma da Previdência.

Ainda que o príprio relatírio aponte que alguns programas governamentais beneficiam os ricos mais do que os pobres, ele anula o fato de que atualmente grandes bancos e empresas devem, juntos, o montante de R$ 124 bilhões incluindo dívidas com a Previdência. Ao invés de cobrar os devedores, o Governo tem aberto mão de receber esse dinheiro. E é assim que R$ 543,3 bilhões foram perdidos nos últimos três anos, por causa do famoso Refis.ÌâåÊ

Mais uma vez desnorteado da realidade, o Banco Mundial aponta que a solução para menos pessoas se candidatarem ao serviço público é: diminuir os salários dos servidores públicos (ou congelar os ajustes até 2029), alinhar os regimes previdenciários e reduzir a estabilidade do setor.ÌâåÊ

Ao invés de melhorar os atrativos dos empregos nas empresas privadas, o Banco Mundial acredita que piorar as condições do serviço público fará com que mais profissionais busquem continuar suas carreiras no setor privado. O Sindilegis se choca diante de tal colocação e se frustra ao perceber que esse interesse atende apenas aos proprietários de grandes empresas em desfavor dos trabalhadores e servidores públicos.

O Sindilegis acredita que esboçar e fazer valer um “ajuste justo” que coloque as contas fiscais do Brasil de volta no caminho sustentável, ao mesmo tempo em que protege os trabalhadores, é um desafio possível.ÌâåÊÌâåÊ

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