“Me armo de livros, me livro de armas”. A frase que estampava a camiseta da candidata a deputada federal pelo Distrito Federal Ana Prestes (PCdoB) dá mostras daquilo que ela defende. Neta do casal revolucionário Luiz Carlos e Maria Prestes, é neles que se espelha ao levantar voz em defesa da democracia e contra a retirada de direitos da população. Entrevistada na edição especial do Café com Política – eleições 2022-, é forte defensora dos trabalhadores e das mulheres.
“Precisamos enfrentar uma cultura patriarcal muito forte. O Brasil foi formado, infelizmente, na base da escravidão, na concentração da terra, da riqueza e no patriarcado. E essa cultura é encontrada quando você percebe a desigualdade do acesso entre homens e mulheres a diversos espaços. Isso se reflete também no serviço público, que apesar de sermos muitas, ainda ocupamos espaços de base ou intermediários. De fato, todo o nosso serviço público, todas as nossas instituições precisam pensar, formular e executar políticas de acesso das mulheres a esses espaços. Somos a maioria, mas os espaços de poder ainda estão fechados para nós, e é preciso criar alternativas para mudarmos isso”, afirmou Ana Prestes.
Socióloga, cientista política e historiadora, Ana Prestes tem consciência que os serviços públicos são imprescindíveis para a sociedade e sai em defesa de servidores valorizados. “É preciso ter a valorização dos servidores públicos. É necessário ter bons planos de carreira e cumpri-los. É preciso dar oportunidade de qualificação e boa formação. Além disso, é necessário trabalhar a concepção e cultura geral da população de que o serviço público é, sim, fundamental e que todos entendam que são os servidores os responsáveis por prestar importantes serviços à sociedade”.
Quando questionada sobre pautas que têm despertado debates no Congresso Nacional e na sociedade, como recomposição salarial e teto dos gastos, a candidata não se furtou em mostrar seu posicionamento. “Nos últimos anos, com a inflação alta, todos perdemos poder de compra, e é preciso tratar esse assunto com seriedade e respeito com as pessoas. Temos que buscar soluções, fazer pressão e atuar em parceria com os demais poderes para buscar a recomposição salarial”. E completou. “A emenda do teto é antissocial, desumana. Porque fez com que grande parte da rede de proteção social se perdesse. Se eleita, defendo a revogação da emenda do teto”, disse.
Um Estado que trabalhe em prol do desenvolvimento, paz e justiça social. É esse o Brasil que Ana Prestes espera e que promete, caso eleita deputada federal pelo Distrito Federal, atuar para torná-lo uma realidade. “Irei atuar por uma rede de educação infantil universal, pelo direito das mulheres, acesso a equipamentos de cultura e lazer, educação, saúde, proteção da juventude, defesa da nossa democracia, valorização dos servidores e das servidores. Precisamos de um Estado que ampare a nossa população mais vulnerável, que trabalhe em prol do desenvolvimento, da paz e da justiça social do nosso país”, finalizou.