Câmara realiza Simulação de Combate Contra Incêndio no Anexo II da Casa

Era para ser um dia normal de trabalho. Mas o calor que se alastrava pelos corredores da Câmara dos Deputados não era da política. Um aparente incêndio assustou os frequentadores do Anexo II. Mas para que não houvesse tumulto, desespero e correria, eis que a verdade veio à tona: era a Simulação de Abandono de Incêndio para os servidores da Casa, que ocorreu na manhã desta sexta-feira (23).

A atividade, que faz parte do projeto de segurança, foi coordenada pela Assessoria de Projetos e Gestão
da Câmara dos Deputados e faz parte do plano de segurança da Casa. O Departamento de Polícia Legislativa (Depol), o Departamento Médico (Demed), o Corpo de Bombeiros, o Serviço de Atendimento Mível de Urgência (SAMU), a Polícia Militar e o Detran trabalharam de forma integrada, garantindo que 1.500 pessoas aprendessem ÌâåÊtécnicas para sobreviverem em caso de incêndio e emergência no Congresso Nacional.

A gerente do projeto de segurança na Casa, Lígia Fregapani, explicou que há três pilares no simulado: readequação das instalações da Câmara segundo especificações técnicas do Corpo de Bombeiros; capacitação e treinamento da brigada voluntária da Casa para auxiliar a brigada profissional em situações de emergência; e preparação do corpo de servidores da Câmara dos Deputados para situações de emergência.ÌâåÊ

“Esse treinamento é justamente para que as pessoas saibam o que fazer nessas situações. Sabemos que a falta de planejamento aumenta o número de vítimas consideravelmente, afirmou Fregapani.

O vice-presidente do Sindilegis Paulo Cezar Alves parabenizou a atitude da Casa em realizar o procedimento: “é claro que esperamos que isto nunca venha a ocorrer, mas caso aconteça, a categoria precisa estar preparada.

Na hora da fumaça

O simulado teve início com o lançamento de fumaça não tíxica pelos corredores do Anexo II da Câmara, a disparada do alarme interno e a retirada posterior dos servidores para fora do complexo. Em fila indiana, eles foram conduzidos pelos policiais legislativos até a frente do Anexo IV sob orientações de manter a calma e permanecer com o braço no ombro do colega da frente. Ao mesmo tempo, as equipes de bombeiro e do Depol socorreram as “vítimas” em simulação. Já o Detran foi responsável por direcionar e controlar o fluxo de carros, bem como facilitar a entrada dos carros de ambulância no local.

A ideia é que o simulado se torne regular para contemplar todas as áreas do complexo do Congresso, e os mais de 20 mil servidores que lá trabalham. Já houve treinamento duas vezes no Anexo I, mas esta é a primeira vez que os servidores da área do Anexo II são contemplados.

André Queiroz, chefe da Seção de Prevenção e Combate a Incêndio (Seprir), fez um saldo positivo da simulação: “As instalações da Câmara existem há mais de 50 anos e precisam de readequação para estabelecer um plano de contingência. O pânico é a principal causa de morte em incêndios e a ideia é que os servidores saibam como proceder em casos assim”.

Corpo técnico

Atualmente, existem 800 servidores brigadistas voluntários, além dos profissionais. Tiago Vaz, chefe do Núcleo de Educação e Pesquisa do SAMU, explica que a integração entre os departamentos foi essencial para um treinamento correto. “Esse simulado buscou treinar as equipes conforme protocolo previsto em plano de desastre do SAMU. Tivemos que trabalhar em parceria com o Demed e outros setores da Câmara, então, pudemos oferecer um serviço completo e de qualidade”.

Adilson Paz, diretor da coordenação de segurança orgânica do Depol (Coseo), também falou sobre a importância de iniciativas assim para a Casa: Cada minuto que trabalhamos de forma integrada, em situações de emergência, equivale a vidas salvas”.

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