O Sindilegis participou, nesta sexta-feira (10), de ato público em favor dos direitos sociais e trabalhistas. Centenas de servidores públicos protestaram, de forma pacífica, contra as recentes reformas propostas pelo Governo Federal. Chamada de Dia Nacional de Lutas – Contra o Desmonte do Estado Brasileiro, a manifestação aconteceu simultaneamente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal.ÌâåÊ
Entre as pautas, destaca-se: suspensão de reajuste dos servidores; aumento da alíquota previdenciária; reforma trabalhista; terceirização; alteração no conceito de trabalho escravo; corrupção; e compra de apoio político.
O presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, ressaltou que o Sindicato priorizou o apoio ao ato para reforçar, junto a outras entidades, a sua posição contra a MP 805/17 e todas as ações que o Governo tem desencadeado: Temos que mostrar à sociedade que o servidor público não será bode expiatírio do Governo.
Para Elesbão, o Governo deve, obrigatoriamente, fazer o dever de casa antes de propor qualquer ação contra o servidor público. Sí pela corrupção, está indo pelo ralo mais de 200 bilhões ao ano. Sem falar na sonegação fiscal, que gira em torno de 450 milhões, e a dívida ativa, 1,8 trilhão. Essas reformas sí servem para desmontar o serviço público e é a sociedade quem vai sofrer com isso, complementou.
Enfraquecimento do serviço público
A diretora do Sindilegis Magda Helena ponderou que a importância da manifestação se dá, principalmente, para despertar à população com relação às últimas medidas que o Governo tomou contra o serviço público. Ao destruir o trabalhador, a qualidade do serviço prestado também é negativamente afetada, ressaltou.
Para o presidente do Fírum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonatec), Rudinei Marques, o ato público conseguiu reunir diversas entidades no intuito de sair da zona de conforto e da inércia que tem tomado conta da sociedade atualmente: Devemos intensificar as ações nas príximas semanas até que consigamos construir uma grande movimentação nacional, disse.ÌâåÊ
O diretor de Relações Internacionais e Intersindicais do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Luís Gonçalves, lembrou que o Brasil tem aproximadamente R$ 2 trilhões de Dívida Ativa que devem ser cobrados dos devedores e não transferidos para os servidores públicos, como o Governo deseja: Metade dessa dívida se refere à impunidade fiscal, o que prejudica não sí a saúde e a assistência social, mas também a Previdência Social, explica.