O voto e o eleitor – por Ogib Teixeira, diretor de aposentados do Sindilegis

Errar é humano, persistir no erro, burrice. Um velho ditado que negligenciamos. Acho que nós, eleitores, precisamos começar por redefinir “voto”. Voto é a arma do eleitor que deseja fazer ou ver fazerem mudanças na sociedade em que vive. Acho que a primeira coisa a ser feita é essa. Depois, internalizar a definição para poder compreendê-la e usá-la no momento da eleição.

Depois, precisamos definir, para nós mesmos, o que queremos? Que país queremos? Que sociedade desejamos? O que queremos para nós, nossos pais, nossos filhos e nossos amigos? O que desejamos do governo? São muitas as perguntas que temos que fazer e precisamos respondê-las com sinceridade. Só o voto é capaz de mudar.

Pergunte-se: Gosto de ver gente sendo morta e saindo impune? Gosto do serviço de saúde e do atendimento médico que eu meus filhos, minha família, meus amigos, etc. estamos recebendo? Gosto de ver meus filhos sem escola, ou indo à escola para aprender nada de educação formal, mas tudo sobre criminalidade e vícios? Gosto de ver governantes roubando, trocando favores, corrompendo e sendo corrompido? Gosto de ver os votos que dei tornando rico aqueles que elegi e eu ficando cada dia mais pobre? Gosto de ver meu voto sendo passado para um tal de “líder” e aquele que elegi virar fantoche?

Gosto de eleger fantoches que só fazem o que o líder determina e não liga para minhas necessidades, dos meus filhos, dos meus parentes, dos meus amigos, da minha cidade, do meu estado, do meu país? Gosto de ver eleita gente que não teve ou quase nenhum voto, sem representação nenhuma, só porque fez um bom arranjo, que eles chamam de coligação? Gosto de ver eleitos aqueles que ficam vendendo horários de televisão e favores todo o tempo só para serem eleitos e depois virarem as costas para nós?

Podemos fazer muitos questionamentos. São infindáveis. Então, devemos fazer umas poucas perguntas ao, ou sobre, o candidato. Se fizermos perguntas ao candidato, ele vai responder só o que nos agrada e depois virar-nos as costas, pois eleito não é candidato, é o dono da cadeira. Você só vai ter outra oportunidade quatro anos depois. Até lá, ele já fez tudo que você não gostaria que fizesse.

Se é assim, podemos estudar a vida pregressa, o passado do candidato: se é ficha limpa, não responde a nenhum processo, se bem que isso não é muito importante no regime judiciário que temos, portanto, neste particular, se não correm boatos significativos, pois se correr, ele não deve receber nosso voto, pois com um alto grau de certeza, estará envolvido nas falcatruas e roubalheiras de que é suspeito e/ou acusado. Fuja desse cidadão. Estes têm esquemas bastante complexos que os tornam escorregadios. Lembre-se: o parlamentar legisla sabendo que pode ser a vítima da legislação criar. Portanto, se você é daqueles que acham que o Parlamento só tem corruptos, ladrões e comprometidos uns com os outros, não espere que saia nada honesto. Não vote naquele que você acredita que fez alguma coisa por você, só pra você. Isso é egoísmo e, muito provavelmente, você é um igual que precisa ficar diferente.

Solução: mudança, mudança radical.

Se as mídias exibem muita propaganda de empresas do governo, direta ou indireta, do governo e de seus programas é provável que estejam comprometidas. Para as empresas de mídia, faturar é muito importante. E, infelizmente, essa é a forma “lícita” de se venderem.

Portanto, vote num cidadão novo, sem comprometimentos, com ficha e passado limpos, que não tenha se envolvido em conluio. Não pense que seu voto será inútil, nunca. Não acredite na mídia, nas pesquisas, não acredite em nada se você saiba que é ou possa ser comprada. Se fizermos isso por dois, três pleitos seguidos, eles entenderão o recado das urnas e começarão a mudança.

VALORIZE SEU VOTO SEM VENDÊ-LO!

Ogib Teixeira

Diretor de aposentados do Sindilegis

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